Filmes da semana #16

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E não é que eu andei assistindo a alguns filmes? Não tanto quanto eu gostaria, mas… De qualquer forma o final de semana tá chegando e se você tá sem ideias e querendo umas dicas de filmes pra assistir, deixo aqui minhas recomendações!

Heathers (Michael Lehmann, 1988)

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Com o nome horroroso em português Atração Fatal, esse filme é tipo uma versão de Meninas Malvadas + As Patricinhas de Beverly Hills só que nos anos 80 e com mortes e crimes.

Veronica, que costumava ser uma garota “comum” na escola, acabou se envolvendo com um grupo de patricinhas comandado por uma menina chamada Heather. Vocês sabem, aquele estereótipo norte-americano das patricinhas. Percebendo que as meninas eram esnobes, que maltratavam os outros e que isso não iria lhe trazer nenhum bem, Veronica se juntou com um cara esquisitão da escola pra se vingar de todas as cool kids.

Primeiro: não fazia ideia da existência desse filme. Só assisti porque vi que a Winona Ryder tá no elenco e eu andei muito numa fase de Winona Ryder. Acabou que foi uma surpresa boa. Segundo: estamos muito acostumados com esses filmes high school, mas esse é mais pesado que o normal e eu certamente não recomendaria pra uma criança/adolescente porque, né, não queremos mortes nas escolas. Enfim, se você é fã de filmes dos anos 80 ou da Winona, vai na fé que vai ser bom.

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O Espelho (Andrei Tarkovsky, 1975)

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O Espelho (Zerkalo, no original) não é o filme mais fácil de descrever. Tudo que eu poderia contar pra vocês foi o que descobri enquanto assistia ou então que pensei só depois que ele terminou.

Ele foi escrito e dirigido pelo Tarkovsky e você provavelmente vai ler em todos os lugares que o filme é autobiográfico. Não conheço bem a vida dele pra confirmar isso e, convenhamos, essa coisa de realidade e ficção se confunde muito fácil.

Eu diria que o filme é um pouco como o retrato da vida e das memórias de um homem e também um retrato da vida na Rússia nos tempos da guerra. Não é um filme de ação, já aviso. É aquele filme pra assistir com disposição e atenção. Eu sugiro que vocês assistam ao trailer. Vocês vão entender melhor a vibe e vai ser melhor do que qualquer coisa que eu possa escrever aqui. Mas, ó, Tarkovsky é bom e bonito demais, isso não dá pra negar.

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Ruby Sparks (Jonathan Dayton, Valerie Faris, 2012)

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Calvin é um escritor que tá lutando pra escrever seu novo romance. Tentando sair desse bloqueio, ele acaba criando uma personagem, Ruby Sparks, que se transforma em sua amiga e sua namorada e eles vivem vários bons momentos juntos. Até que um dia ele percebe que não estava vivendo aquilo tudo na sua cabeça, ou no seu livro, mas que Ruby era real.

Vamos combinar que esse tema do escritor que não consegue escrever é bem clichê e tá presente em muitos filmes. Eu nem tava muito animada com Ruby Sparks, mas pensei que seria um bom filme levinho pra assistir naqueles dias de preguiça. E foi mesmo.

Acaba que o desenvolvimento do filme com esse aspecto meio mágico e surreal do surgimento da Ruby deixa tudo mais interessante e menos clichê. E sem dúvidas o filme transcende um pouco o que ele é e nos faz pensar sobre um certo tipo de relacionamento que é controlador, que é opressor, que não sabe lidar com a diferença e individualidade de cada um. É meio tentador pensar em criar alguém que vai ser e fazer exatamente o que você quer, mas se essa é uma boa ideia, é outra história.

Filmes da semana #15

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Primeiro Filmes da semana e do ano e eu JURO que só tem indicação boa! Acho que comecei o ano com o pé direito em relação ao cinema!

E vocês (aquela pergunta básica), o que andam assistindo por aí?

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Carol (Todd Haynes, 2015)

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Therese Belivet trabalha em uma loja de departamentos, no setor de brinquedos quando conhece Carol, uma mulher mais velha que havia ido até lá comprar um presente de Natal pra sua filha. Depois desse encontro, as duas acabam desenvolvendo uma relacionamento amoroso.

Amigos, apenas uma mensagem: vão ver esse filme. É sensível, é triste e retrata com muita delicadeza o drama de se envolver com uma pessoa do mesmo sexo naquele contexto da década de 50. Imaginem, hoje essa situação ainda está extremamente difícil mesmo com todas as lutas e todas as mudanças políticas que vem ocorrendo. O filme parece retratar bem as barreiras e angústias que as pessoas de mesmo sexo viviam para estarem juntas naquela época, principalmente se você era uma mulher casada e com filhos, o caso de Carol.

Ainda assim, o filme é bonito demais porque, ao meu ver, fala também sobre se apaixonar por alguém. E às vezes acontece assim, de repente, quando menos se espera e por alguém que menos se espera. Infelizmente a vontade de estar junto pode não superar toda a pressão da sociedade quando ela diz que não é certo estarem juntos, mas o sentimento, esse ninguém pode falar que não é certo. Então, gente, aproveitem que ele está em cartaz em muitos lugares, vejam se está aí na cidade de vocês e corram pra ver.

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The Lobster (Yorgos Lanthimos, 2015)

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Num futuro distópico, de acordo com as leis da Cidade, pessoas são proibidas de serem solteiras. Os que tiram o azar de ficarem sozinhos são levados para o Hotel e tem 45 dias para encontrarem um novo alguém e assim se tornarem um casal, sendo liberados pra viver em sociedade novamente. Aqueles que não conseguem cumprir a missão são transformados em um animal (as próprias pessoas escolhem qual animal será) e levados para a Floresta. Nesse contexto, acompanhamos a jornada de David na busca por uma parceira.

A sinopse podia ser maior porque na Floresta acontecem muitas outras coisas e fiquei com muita vontade de escrever aqui. Mas resolvi contar só isso porque era o que eu sabia quando vi o trailer. Por falar nisso, caso vocês assistam ao trailer, não se enganem, não é uma comédia romântica. É um filme muito estranho e denso e faz a gente ficar muito em dúvida se é melhor ser solteiro ou não, dentro da situação do filme. Ao mesmo tempo, faz a gente pensar bastante sobre essa estrutura familiar e monogâmica que é imposta na nossa sociedade. Enfim, de qualquer jeito, não tem uma perspectiva muito positiva, já aviso.

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Reality Bites (Ben Stiller, 1994)

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Um grupo de amigos acabou de se formar na faculdade e, de repente, foram todos empurrados pra realidade de conseguir um emprego, manter uma casa, ter um vida decente, se relacionar com outras pessoas, se apaixonar, procurar um sentido nas coisas do mundo… e ainda conseguir fazer tudo isso funcionar com as ideologias que eles tinham quando ainda eram estudantes.

Quando vi esse filme pela primeira vez eu era bem mais nova, devia ter uns 17 ou 18 anos. Lembro que gostei, mas agora, já tendo passado por essa fase de sair da faculdade, sair de casa e etc, acho que o filme fez muito mais sentido. Inclusive, eu nem achava que ia fazer tanto, porque ele é da década de 90 e pensei que “já tá velho, né?”. Mas, olha, tem uns probleminhas aí que não mudaram muito em 20 anos não, viu? Tem certos dramas que vão sempre andar juntos com nossa existência, ao que parece.

Se você já viu esse filme há algum tempo, assim como eu, recomendo assistir novamente. Apesar de ser um filme bem, digamos, jovem, é daqueles que fazem bem assistir quando estamos mais velhos. É minha impressão.

(E tem Winona e Ben Stiller novinhos com cara de anos 90, vale a pena!)

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Filmes da semana #14

God help the girl (Stuart Murdoch, 2014)

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Eve tem alguns problemas emocionais e psicológicos bem sérios e começa a escrever músicas para ajudá-la a superar essas dificuldades. Nesse processo, ela foge do hospital em que está internada e acaba conhecendo James e Cassie. Os três se tornam amigos e a música tem ocupa um espaço bem importante nessa amizade.

Esse é um filme pra quem gosta de musical. E também pra quem gosta de filmes sobre amizade. Acho que tenho visto muito filmes sobre romance ou sobre amizades que viram romances depois… Mas tem poucos filmes apenas sobre amizade, vocês não acham? Enfim, recomendo esse. Mas aviso de novo: é musical, ok?

O filme é dirigido pelo Stuart Murdoch, da banda Belle and Sebastian. Então, quem gosta do som deles, talvez vá gostar do filme também!

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St. Vincent (Theodore Melfi, 2014)

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Sem querer, um outro filme sobre amizade. Só que dessa vez entre Vincent, um homem rabugento, e seu novo vizinho, o menino Oliver. Os pais de Oliver estão se divorciando e Vincent tem sérios problemas pra ser educado e organizar a própria vida, mas a partir daí os dois desenvolvem uma relação bem inusitada.

Confesso que escolhi esse filme porque no dia queria assistir a algum com o Bill Murray no elenco. É bem levinho e divertido. Bem cara de sexta-feira esticados na frente do ventilador!

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Isolados (Tomas Portela, 2014)

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Lauro e Renata decidem passar alguns dias em uma casa em um lugar isolado e tranquilo – se não estou enganada, na região de Petrópolis, no RJ. No início da viagem, eles ficam sabendo através do dono de uma vendinha de estrada, que algumas mulheres haviam sido assassinadas na região. Lauro decide não contar à Renata, para não assustá-la, e continua com os planos e vai para a casa mesmo assim.

Em primeiro lugar, se não deu pra perceber, esse é um filme de terror. E o motivo pelo qual eu decidi falar dele aqui é porque foi o primeiro filme de terror brasileiro que eu assisti. Bom, já vi outros tipo Zé do Caixão, mas esse é contemporâneo e bem parecido com os filmes norte-americanos que vemos por aí.

Enfim, não é o filme da vida, segue bem os clichês de um filme clássico de terror e não deixa nada a desejar nesse ponto, além de ter sido muito bem realizado. Então, se você gosta de filmes de terror independentemente dos clichês, recomendo dar uma chance pra esse e colocá-lo na sua listinha!

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Essas são minhas dicas pra essa sexta-feira de puro calor! Assistir filmes nessa época é sempre mais difícil. Haja ventilador e água gelada!

Mas e vocês? Tem alguma recomendação de filmes? Contaí!

Filmes da semana #13

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Vejam só quem andou assistindo filmes. Sim, euzinha. Acho que já comentei isso por aqui, mas, não sei o porquê, andei meio desanimada/com preguiça/sem paciência pra assistir filmes uma boa parte desse ano. Enfim, todos temos esses momentos…

E aí que isso mudou recentemente e assisti alguns filmes inesperados e bons, inclusive alguns da minha meta desse ano. Então podem esperar mais filmes da semana vindo por aí…

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Um senhor estagiário (The Intern, Nancy Meyers, 2015)

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Ben, com 70 anos, viúvo e com muita vontade de fazer atividades pra preencher o tempo e dar sentido à vida, entra em um programa de estagiário sênior na empresa de Jules Ostin, a About the size, um site gigantesco que vende roupas online. Ben, muito animado, é convocado para ser estagiário pessoal de Jules, que no primeiro momento não gosta da ideia, apesar de ser sobrecarregada de trabalho, não dormir, não comer e não ter tempo pra família.

Tinha séculos que eu não passava pelo cinema e resolvia assistir a um filme na hora, o que quer que estivesse em cartaz. De todas as opções desse final de semana, eu e Dudu acabamos escolhendo esse e, aí gente, que o filme é bonitinho demais! Achei bem contemporâneo no sentido de que é fácil de se identificar com as questões dos personagens. Por um lado, tem uma pegada feminista bem interessante e bem aparente (e que acho difícil de aparecer num filme como esse), com toda a situação de Jules ser dona de uma mega negócio, sustentar a família (e o casamento). Por outro lado, o filme me fez pensar bastante sobre a questão do envelhecimento, que acho que sempre nos pega em algum momento da vida… Tanto em relação aos nossos relacionamentos (o filme é de amor também, gente <3), quanto sobre como vai ser a vida quando ficarmos velhinhos.

Dá pra rir e dá pra chorar um pouquinho também. Fica a dica, ainda está em cartaz!

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Homens, mulheres & filhos (Men, women & children, Jason Reitman, 2014)

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Um grupo de adolescentes do ensino médio e seus pais tentam viver suas vidas, construir suas relações nessa era em que a internet toma conta das nossas vidas e modifica todas essas interações. A história é dividida em núcleos familiares, cada um lidando com diferentes problemas como comunicação, privacidade, auto-imagem e, principalmente, o controle e a vigilância que a internet propicia hoje em dia, tópico que, imagino, todos temos alguma experiência.

Confesso que quando assisti ao trailer, não esperava que o filme fosse ser tão interessante. Apesar de uma ou outra coisinha meio forçadas no roteiro, assim como o filme anterior, Homens, mulheres & filhos é um drama familiar totalmente atual que vale pra todas as idades. É um bom filme e é daqueles que terminam e imediatamente temos assunto pra conversar porque ele está super conectado com o que vivemos hoje.

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Terra Estrangeira (Walter Salles, 1996)

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Em meados dos anos 90, Paco decide ir embora do Brasil com destino à cidade natal de sua mãe, San Sebastian, na Espanha. Nessa viagem, Paco se vê envolvido junto com outras pessoas em um esquema de contrabando que o levará à coisas boas e perigosas.

Hoje o Dudu comentou que Terra estrangeira lembra um pouco os filmes do Godard e acho que ele está totalmente certo. Godard tem uma frase famosa que diz que tudo que você precisa para um filme é uma garota e uma arma e tem tudo a ver com esse filme. Além disso, tem fuga, tem perigo, tem viagens que desembocam no mar (que é essa imagem maravilhosa do cartaz!) e personagens que perambulam, sem nada a perder, mas também sem muito a ganhar.

É bem bonito. Eu não sabia absolutamente nada sobre ele antes de assistir e foi a segunda surpresa boa desse final de semana!

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Homens, mulheres & filhos e Terra estrangeira estão na minha lista de metas pra esse ano. Os dois foram filmes que fiquei com vontade de assistir por causa do cartaz e estou feliz porque me surpreenderam. Gosto muito de assistir filmes assim, sem saber o que esperar deles! Essa listinha só tem me trazido alegrias até agora, haha!

E vocês, gente, o que tem assistido por aí? Alguém aí tem boas indicações?

Filmes da semana #12: para assistir no inverno (de novo)

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Eu sei que o inverno ainda não chegou, mas o frio já! E nesse clima em que nossos corpos querem se fundir ao colchão e ao cobertor, um filme sempre cai bem. Já tinha feito uma lista dessa no ano passado, mas resolvi fazer uma segunda versão com o que assisti mais recentemente. Tem pra todos os gostos e humores!

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Túmulo dos Vagalumes (Isao Takahata, 1988)

Dois irmãos, Setsuko e Seita, acabam ficando sozinhos no Japão durante a Segunda Guerra. Sem nada, os dois começam uma jornada de sobrevivência no país devastado, onde todos os outros lutam pra conseguir sobreviver também.

O filme é do Studio Ghibli, então podem esperar coisa boa, certo? Talvez seja um dos meus favoritos e também um dos filmes mais bonitos do Studio. E só digo uma coisa: preparem os lencinhos porque não é um filme fácil!

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Procura-se um amigo para o final do mundo (Lorene Scafaria, 2012)

Um meteoro está vindo na direção da Terra e não há nada o que se possa fazer. Diante dessa notícia, as pessoas começam a perder o controle, uns querem quebrar tudo, outros querem continuar vivendo como se nada estivesse acontecendo. Nesse clima, dois vizinhos acabam se conhecendo. Sozinhos, eles resolvem sair juntos para tentar dar algum sentido para esses últimos dias de existência.

Me lembro que escolhi assistir a esse filme por causa do combo fim do mundo + Steve Carrell. Histórias sobre o fim do mundo sempre rendem e gosto muito do Steve Carrell, é um dos meus atores de comédia preferidos, só que eu nunca quero assistir nada com a Keira Knightley (não sei, gente, não vou com a cara mesmo!). Mas resolvi arriscar e me surpreendi. Gostei bastante e sempre que posso indico porque não é um filme bobo e repetitivo.

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The Babadook (Jennifer Kent, 2014)

Amelia é uma mulher que ficou atormentada depois da morte do marido. Junto com isso, ela tem que lidar com seu filho Samuel que tem comportamentos estranhos, é violento e gosta de brincar com armas. Um dia, o menino encontra um livro na estante, chamado O Babadook, e pede para que Amelia leia para ele. Depois disso, Samuel fica convencido de que tem um monstro os perseguindo.

Eu não poderia deixar de colocar um suspense aqui (é tão mais fácil cobrir os olhos quando já se está debaixo da coberta, hahaha). Acho que gostei do filme porque ele combina um monte de coisas que já aconteceram com a gente, tipo acreditar em monstros, cismar que tem alguma coisa dentro de casa que a gente não está vendo ou fazer a brincadeira da loira no banheiro, sabe? Fora que as atuações são uma coisa de louco, esse menino Samuel é impressionante! A gente até esquece que ele é um personagem, de tão convincentemente insuportável que ele é!

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Under the Skin (Johathan Glazer, 2014)

Uma mulher misteriosa anda pelas ruas de Glasglow seduzindo homens solitários que encontra pela rua. E o que ela faz com eles é algo ainda mais misterioso. Nesse processo, ela acaba descobrindo quem ela é e o que está fazendo ali.

A sinopse é meio atravessada assim mesmo, porque esse é um filme bem difícil de explicar sem entregar as informações que vamos descobrindo ao longo da narrativa. Ele é considerado uma ficção científica e o mais interessante pra mim foi que ele nos dá o outro lado da história. Geralmente nos sci-fi, a gente fica “do lado” dos humanos, que sofrem as influências/consequências do que está acontecendo. Nesse filme, isso inverte um pouco e acompanhamos o processo de auto-descobrimento da “criatura”. E é com a bonita da Scarlett Johansson!

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A culpa é do Fidel! (Julie Gavras, 2006)

Anna é uma menina que leva uma vida boa com seu irmãozinho na França, na década de 70. Tudo muda depois que seus pais voltam do Chile, logo após a eleição de Salvador Allende. Eles se vestem diferente, trocam de casa, estão engajados politicamente e se reúnem com amigos em casa discutindo sobre o comunismo e a situação política do país. Anna fica perdida, tentando entender as mudanças.

Acho que esse é um filme excelente tanto para se ter uma certa visão sobre as famílias engajadas politicamente na França nessa época, como pra pensar como uma criança fica no meio disso tudo. Como fazer uma criança entender os conflitos políticos e explicar que a vida dela terá que mudar? É um filme muito bonito, principalmente porque é narrado do ponto de vista de Anna, então tem uma certa leveza e humor próprio da visão de uma criança sobre a situação, apesar de ser um drama complicado.

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Por hoje, é isso tudo, gente! E vocês, tem indicações de filmes pra assistir nesses dias friozinhos? O que tem visto de bom?

Filmes da semana #11

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Halloween (John Carpenter, 1978)

Na semana do Halloween, decidi assistir com minha irmã esse super clássico do terror. Eu já conhecia a fama e já conhecia até o personagem, que usa aquela máscara medonha branca, mas não sabia nada sobre a história do filme.

Michael Meyers é um psicopata que fugiu da instituição em que estava internado. Ele roubou um carro e foi para a cidade onde morava quando criança. Há 15 anos, ele havia matado sua própria irmã e resolveu voltar ao lugar para retomar seu terrorismo, exatamente no dia 31 de outubro.

É um filme de terror da década de 70, então tem todos aqueles clichês e estética que os filmes da época tinham. Carpenter foi muito bem sucedido em criar aquele clima de suspense perfeito que nos faz levar susto no final ou então que nos deixa com raiva das personagens porque como elas podem ser tão estúpidas e fazer exatamente aquilo que vai levá-las em direção a morte, hahaha.

Recomendo demais tanto para quem gosta e quem não gosta de filmes de terror.. É um clássico e é bem light. Não nem nada de tão horrível ou nojento nele, podem confiar.

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 Scoop (Woody Allen, 2006)

O que pode dar errado quando se escolhe assistir qualquer filme do Woody Allen? Até hoje, comigo, nada. Scoop fez algumas horas de um final de semana passado mais divertidas e eu fico cada vez mais impressionada com a capacidade de escrever bons diálogos que o Woody Allen tem.

Sondra, uma estudante de jornalismo, acaba descobrindo um furo de reportagem sobre a morte recente de um jornalista que poderia mudar sua carreira. Como ela descobriu? Ela estava participando de um truque em um show de mágica quando o próprio fantasma do jornalista apareceu e conversou com ela.

Além de todo o bom humor, o que mais me fez gostar do filme foi como ele conseguiu misturar as situações fantásticas e paranormais com todo o resto. E o filme não é sobre fantasmas nem nada do tipo, é sobre o tal furo de reportagem. Mas todos os elementos ficam muito bem balanceados e minha atenção sobre a história não foi desviada por causa do acontecimento de algo surreal. Imagino que não seja nada fácil escrever um filme assim.

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 A Bela Junie (La Belle Personne, Christophe Honoré, 2008)

Digamos que se você gosta de filmes francês ou do Louis Garrel ou da Léa Seydoux, esse filme é quase uma obrigação.

Uma garota nova chega na escola. Todos querem sair com ela, mas ela escolhe o mais tímido de todos. Além disso, acaba se envolvendo com um professor. Essa história não é novidade. Existem vários filmes com a temática parecida e minhas palavras não fazem jus ao que é o filme de fato.

Foi interessante porque depois de assistir Palo Alto, eu acabei lembrando de La Belle Personne. Acho que são bem parecidos, se passam no mesmo ambiente, rodeiam os mesmos assuntos que envolvem a adolescência, os problemas amorosos, o relacionamento com um professor, mas, claro, de jeitos muito diferentes.

La Belle Personne tem aquele quê de filme francês, meio silencioso, meio poesia, revela informações pouco a pouco e oferece uma grande abertura de sentido. Bonito demais e gostoso de assistir.

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Esses foram alguns dos filmes legais que assisti nas últimas semanas. E vocês, o que tem visto de bom?

Bom final de semana, gente!

Filmes da semana #10: especial suspense!

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Então, eu, particularmente, não comemoro o dia das bruxas. Participava das atividades e festinhas que aconteciam na escola, mas não faz parte dos meus rituais. Só que sou totalmente influenciável quando se trata de filmes de terror, que é uma das coisas que mais se comenta nessa época (pelo menos aqui na internet).

Naquele post sobre O Exorcista, comentei que assistir filmes de terror fez parte da minha adolescência e durante muito tempo era um dos poucos gêneros que eu gostava de ver. Hoje em dia já não curto mais filmes muito sanguinolentos e violentos até porque, depois de um tempo, acho que as histórias ficam repetitivas e pouco criativas. O que acaba importando no final é como os personagens vão sofrer e quantos litros de sangue vão jorrar.

Então, para os filmes dessa semana, selecionei alguns bons suspenses. Apenas um deles tem mortes e sangue, mas são mais terror psicológico do que qualquer outra coisa. Queria agradecer ao Francisco, um amigo que também gosta de filmes de suspense/terror. A gente sempre troca figurinhas sobre o que temos assistido. Dois dos filmes da lista foram indicados por ele. Valeu, Francisco!

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Perfect Blue (Satoshi Kon, 1997)

Dizem por aí que esse é o filme no qual Darren Aronofsky se baseou, ou copiou, para fazer Cisne Negro. Não tem nada comprovado, mas de fato as histórias, as cenas e até mesmo alguns planos são muito semelhantes. E não se enganem, é anime, mas é um filme extremamente tenso. É misterioso, é puzzle, é mindfucking total e eu assisti duas vezes para captar o que eu tinha perdido da primeira vez.

Mina Kirigoe fazia parte de um grupo musical muito bem sucedido chamado Cham. Porém, ela decide largar tudo e se dedicar à carreira de atriz. Esse processo de transição acabou sendo difícil, muitos fãs ficaram decepcionados e ela começa a achar que está sendo perseguida por um deles. A partir daí, as coisas ficam estranhas.

O filme realmente tem um espírito muito parecido com o de Cisne Negro, um suspense psicológico bem pesado. Aqui vai um trailer:

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Coherence (James Ward Byrkit, 2014)

Queria começar dizendo que esse é um bom filme. Tenho ficado muito decepcionada com os filmes de ficção científica ou que tem relação com questões astronômicas/cosmológicas lançados recentemente, mas esse me surpreendeu. Ele tem mistério e suspense na medida certa. Então, se você não gosta nem um pouco de terror e procura um bom suspense, eu recomendo Coherence – rimou!

A sinopse é adaptada do site oficial do filme: Em uma noite de uma anomalia astrológica, oito amigos em um jantar experienciam uma cadeia de enigmáticos acontecimentos durante a passagem de um cometa.

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O Inquilino (The Tenant, Roman Polanski, 1973)

Eu sou muito fã dos filmes do Polanski. Sou realmente fascinada com o clima de mistério que ele consegue criar. Escrevi um post há um tempo sobre os curtas que ele fazia quando era mais novo e desde aquela época ele já era muito bom para criar essa atmosfera de tensão tão pesada. Acho que essa é a palavra certa para falar dos filmes dele, eles são extremamente tensos. Quem teve a oportunidade de assistir O Bebê de Rosemary – que é um dos meus filmes favoritos da vida e estaria facilmente nessa lista – já teve uma excelente amostra dessa atmosfera aterrorizante e tensa que ele cria.

Em O Inquilino, o próprio Polanski atua. Ele faz o papel de um homem polonês que aluga um apartamento em um prédio antigo em Paris. Depois, ele acaba descobrindo que a mulher que morava ali antes dele se jogou da janela. Então, ele começa a ficar obcecado com a história dela e com os vizinhos.

Até o trailer é tenso, gente. Fico impressionada como os trailers de antigamente eram originais!

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E essas foram as minhas indicações dos filmes da semana! Como são filmes de suspense, tentei falar o mínimo possível para não estragar a experiência de ninguém.

Agora, não esqueçam de me contar se vocês assistiram ou vão assistir algum bom suspense/terror! Adoro dicas de filmes e eu anoto todas que vocês me falam aqui!

Boa sexta, gente!

Filmes da semana #9

Manhattan (Woody Allen, 1979)

Tem uma situação que sempre se repete aqui em casa. As vezes a gente fica naquela de querer ver um filme, mas nenhum dos que a gente tem serve. Não pode ser muito complexo, nem idiota… e aí a gente escolhe Woody Allen, haha! Polêmicas a parte, ele é um bom diretor e os filmes são sempre divertido, então não tem erro. Dessa vez finalmente assistimos Manhattan, que sempre ouvi dizer ser um dos melhores dele. E de fato gostei muito!

Woody Allen faz o papel de Isaac Davis um escritor de comédia divorciado que está numa crise com a ex-mulher que assumiu ser lésbica e decidiu publicar um livro polêmico contando intimidades da vida dos dois. Paralelamente, ele estava se relacionando com Tracy, uma garota de 17 anos. Neste meio tempo, Isaac conhece Mary, a amante de seu amigo, uma mulher madura, culta, letrada, com toda uma bagagem cultural nas costas. Num primeiro momento, Isaac fica incomodado com essa atitude, mas aos poucos os dois começam a se envolver também.

Deu pra pegar? É confuso mesmo, bem estilo Woody Allen com todos esses triângulos, quadrados e círculos amorosos!

O que mais me chamou atenção no filme, na verdade, foram os diálogos. São extensos e complexos em algumas partes. Não estou dizendo que são chatos, gente, pelo contrário. São inteligentes e bem naturais. Achei que foi uma super aula de roteiro. Escrever diálogos é o cão, escrever um filme que é basicamente construídos com diálogos, então, é foda mesmo! O elenco ajuda também, claro… Diana Keaton e Maryl Streep novinhas e super cabeludas.

Ou seja, pode confiar e assistir, gente. Vai ser bom!

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Os anões também começaram pequenos (Werner Herzog, 1970)

Se eu por acaso fizer uma lista dos filmes mais estranhos que assisti nos últimos tempos, este seria o topo da lista.

Num universo onde todos são anões, um grupo que vive num orfanato/reformatório começam a se rebelar. O diretor do lugar, captura um deles como refém para forçá-los a parar com a desordem, mas isso acaba não funcionando. O grupo se revolta ainda mais, começando uma verdadeira rebelião. Eles quebram coisas, lugares… Cometem uma série de atrocidades e crueldades com animais, com outros colegas, com eles mesmos.

O filme de fato foi bastante polêmico e banido em muitos países por conta de toda essa violência que foi real. Animais foram realmente mortos no filme, um dos anões foi atropelado, o outro se incendiou. Ou seja, uma série de acidentes que condiz totalmente com o ambiente de destruição que foi o filme.

É um filme esquisito, gente, muito esquisito, mas que no fundo acho que diz algo sobre como funcionam as coisas na sociedade quando se perde o controle do que está se fazendo. Também levanta questões sobre poder e autoridade por conta da relação dos rebelados com o diretor da instituição. Enfim, ainda não digeri completamente o filme e não fiz uma análise séria e profunda, mas queria indicá-lo pra vocês porque acredito que é um daqueles filmes que todo mundo deveria assistir, nem que seja pra achar louco e não saber o que dizer depois.

Não encontrei um trailer, mas tem o filme inteiro no youtube. Então resolvi linkar aí pra vocês poderem ver algumas imagens e entenderem do que estou falando!

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A Garota Ideal (Craig Gillespie, 2007)

Agora, só pra quebrar um pouco esse clima pesado, um filme mais levinho!

Lars é claramente um cara com problemas de socialização. Por conta dessa timidez exagerada, seu irmão e cunhada ficam surpresos quando ele conta que tem uma namorada, Bianca. Só tem um detalhe: a namorada é uma boneca inflável comprada na internet. A partir daí, o irmão nota que Lars tem um problema sério e o leva em uma médica/psicóloga, com a desculpa de Bianca é que estava doente.

O tratamento de Lars vai funcionando aos poucos, mas a questão é que Bianca começa a fazer parte da vida das pessoas de verdade. Os amigos e vizinhos não destratavam Lars por conta dela, ao contrário, falavam com Bianca com a mesma naturalidade que falavam com ele. A boneca, então, fica famosa. Arruma emprego, amigas, vai à missa, faz parte do quadro de professores da escola e por aí vai. Por causa de Bianca, aos poucos vamos tendo acesso ao verdadeiro problema de Lars, que vai muito além de ter uma boneca inflável como namorada.

Apesar de algumas forçações de barra – pela forma como ele agia, era claro que Lars tinha um problema sério antes. Se fosse uma pessoa real, acho que ninguém teria dúvidas! – é um bom filme, com uma pitada de humor, bem leve. E tem o Ryan Gosling, né? Ouvi dizer que esse seria uma versão ou foi inspirado ou parece com um outro filme japonês em que o personagem também tem uma namorada inflável. Só que o clima do filme é bem tenso e pesado, parece que acontecem coisas bizarras. Alguém conhece?

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Por hoje é isso tudo, pessoal! Me contem se vocês já viram algum desses! E também o que andam assistindo por aí!

<3

Filmes da semana #8

Computer Chess (Andrew Bujalski, 2013)

EUA, anos 80. Um grupo de pessoas – todos homens com a presença de apenas uma mulher – se reúnem em um hotel na Califórnia para o Torneio anual de xadrez de computadores (minha tradução). Homens, gênios da computação, jovens nerds, passam dias juntos, colocando seus computadores para jogar.

O plot é basicamente esse, mas, vou contar pra vocês, esse filme está entre os mais legais que assisti nesse ano. A começar pela história em si, que pra mim foi novidade. Esses torneios realmente aconteciam na década de 80 e são bem interessantes. Tem vários vídeos no youtube dos caras super concentrados com seus computadores gigantes. Momentos de tensão total!

Além disso, se vocês assistiram ao trailer puderam ver, esteticamente o filme é muito bem produzido. Ele é em preto e branco, a imagem meio granulada, meio acinzentada, bem cara de VHS. E toda a direção de arte, ambientação, caracterização dos personagens, tudo muito bem construído. É bem convincente, bem realista nesse sentido. Fiquei bem impressionada.

Não conheço o diretor, então não sei falar sobre ele, mas a construção da narrativa em si é também muito interessante. O filme tem uma pegada de documentário. O torneio está sendo transmitido pela TV, então tem um apresentador, entrevistas, elementos que nos dão a sensação de um doc. Por outro lado, tem cenas que os personagens fumam maconha e conversam coisas que parecem aleatórias, de forma tão natural, que me deixou na dúvida se aquilo estava previsto no roteiro. Foi uma impressão que tive, mas o cara é bom demais e provavelmente estava previsto.

De qualquer forma, além de toda a situação do torneio, como eles estão em um hotel, existem outras atividades acontecendo lá e outras pessoas hospedadas. Uma dessas atividades é um grupo religioso, meio místico, que fazem tive umas sessões de descarrego. Um dos personagens acaba se envolvendo com eles. Outro menino bem jovem também se encontra com um casal com intenções de fazer um swing. Enfim, esse lado do filme rende umas situações bem estranhas, meio surreais em comparação com o restante da história. Mas os caras não se distraem do torneio, não se “desvirtuam”, essas situações não acontecem simultaneamente. São pitadas de surrealismo sem muita explicação inseridos no meio da coisa toda.

Enfim, é um filme muito bem produzido, divertido, um pouco surreal em alguns aspectos. Tudo que eu aprecio em conjunto!

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O Abrigo (Take Shelter, Jeff Nichols, 2011)

Curtis e Samantha são casados, moram em Ohio e tem uma filhinha, Hannah. A menina perdeu a audição e os dois trabalham duro e começam a juntar dinheiro depois de saberem da possibilidade de uma cirurgia para a filha. Entretanto, no meio desse drama, Curtis começa a ficar obsessivo com uma tempestade que ele acredita que está por vir e que destruirá toda a cidade. Então, ele começa a ampliar o abrigo subterrâneo que já havia no quintal com o objetivo de construir uma “fortaleza” que possa proteger sua família da tempestade.

A princípio a sinopse me chamou muito atenção. Um homem atormentado por visões apocalípticas rende uma história excelente. De fato, o filme é muito bom nesse quesito. A forma como as visões afetam a vida de Curtis e como eles transformaram esses aspectos psicológicos em imagens me pareceram muito bem materializados. Os efeitos especiais, inclusive, são muito bons!

Apesar dessas coisas legais, tem algo que me incomodou bastante. Achei o filme meio machista. Não vou saber descrever as cenas com detalhes agora, mas de forma geral, achei que a personagem da mulher foi construída bem como “mulherzinha” mesmo. Ela praticamente aceita tudo que ele faz. Curtis fica completamente fora de si e ela permanece bem passiva, sem tomar a frente de nenhum problema. Mesmo quando eles brigam, ela não toma atitudes mais drásticas.

Acho que existe uma diferença entre você conviver com alguém que está alterado, se sentir inseguro quanto a isso e não saber como agir e você ter medo, não compreender o que está acontecendo, mas continuar “respeitando” o outro porque ele é seu marido. Enfim, foi o que eu senti nesse filme e por isso não gostei completamente.

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As 200 crianças do Dr. Korczak (Korczak, Andrzej Wajda, 1990)

O filme é baseado em fatos reais e conta uma parte da história de Janusz Korczak, um pediatra e pedagogo que cuidava de um orfanato para crianças judias em Varsórvia, na Polônia. Com a ocupação nazista, eles foram obrigados a sair dali e ir para o Gueto de Varsóvia.

É um filme bem tocante, não só por conta da guerra, que já é horrível por si só, mas por causa da dedicação e do amor que Korczak tinha com as crianças e vice-versa. Pensando que foram acontecimentos reais, é realmente impressionante o que o pedagogo fez. No Gueto, Korczak continuou desenvolvendo as atividades do orfanato como pode, tentando ensiná-los sobre a morte através de peças de teatro, continuando com as canções que cantavam antes, tentando prolongar a vida das crianças ao máximo e fazendo com que a existência deles fosse menos dolorosa.

Não sei muito sobre a vida dele, mas pretendo pesquisar. Parece que ele desenvolvia métodos educativos diferentes e experimentais no orfanato, mas não sei detalhes sobre isso. Li que o destino de Korczak e das crianças ainda é meio controverso. Dizem que morreram todos numa câmera de gás, mas há também outra história que diz que o comboio do trem em que estavam se soltou e todos conseguiram fugir.

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Se você está em dúvidas sobre o que assistir nesse fim de semana, estão aí minhas dicas!

E vocês, o que tem assistido de bom?

Bom fds, gente!

Filmes da semana #7: especial Natalie Portman!

Acredito nunca ter mencionado isso por aqui, mas Natalie Portman é uma das minha atrizes preferidas. E isso é uma daquelas coisas sem explicação, acho que ela é uma excelente atriz e uma das mais bonitas de toda Hollywood.

Teve uma época que resolvi assistir todos os filmes com ela. Claro que não consegui, são muitos! Aos 33 anos, ela já atuou em 31 filmes e já ganhou vários prêmios. Pra quem não sabe, ela é israelense, mas mora nos EUA desde muito pequena e começou a atuar aos 12 anos. Além de tudo isso que já falei, ela também é formada em psicologia e tem um filho (e fofoca: já namorou Gael Garcia Bernal! :O).

Eu realmente acho incrível como ela consegue encarnar personagens tão diferentes, mudar o cabelo, emagrecer, engordar e se transformar em outra pessoa. Então, aqui vão minhas dicas de filmes com a Natalie – os que mais me marcaram – alguns mais conhecidos, alguns menos. E se você conhece outro que não está nessa lista, não esquece de me contar!

Cisne Negro (Darren Aronofsky, 2010) – trailer

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Começando pelo óbvio. Talvez essa seja uma das atuações mais impressionantes de Natalie Portman e eu realmente fico muito feliz de poder ter assistido esse filme no cinema. É muito impactante e assustadoramente lindo.

Natalie interpreta Nina Sayers, bailarina de destaque em NY. Ela acaba entrando em uma competição silenciosa com uma nova bailarina do grupo, Lily, para o papel principal da peça Lago dos Cisnes. O filme é, na verdade, um thriller psicológico simplesmente maravilhoso. Está, certamente, no top dos melhores filmes da minha vida. Impressionante atuação da Natalie e Darren Aronofsky sambando na cara das pessoas nessa direção. Acho um filme impecável na técnica, atuação, músicas, tudo!

V de Vingança (V for Vendetta, James McTeigue, 2005) – trailer

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Outro filme bastante conhecido, mas talvez não pela Natalie. Ela faz o papel de Evey, que vive numa Inglaterra do futuro, onde está em vigor um regime totalitário. Um dia, ela é salva por mascarado conhecido como V. Este homem misterioso tem nas veias a revolução, o ódio contra o sistema, e seu plano é destruir as Casas do Parlamento. Ele convoca seus conterrâneos a encontrá-lo no dia 5 de novembro em frente a este prédio que ele promete destruir. Evey acaba se envolvendo com V e na tentativa de descobrir mais sobre ele, acaba descobrindo qual é seu próprio papel na revolução.

Já assisti esse filme mais de uma vez e gosto bastante. Coloca a gente pra pensar sobre nosso sistema econômico e governamental. Não, a máscara do Guy Fawkes não é a solução dos problemas. Mas se ninguém pensa sobre eles, a solução nunca aparece.

Hora de Voltar (Garden State, Zach Braff, 2004) – trailer

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Andrew, um melancólico aspirante a ator viciado em lítio que vive em Los Angeles, se vê obrigado a voltar à sua casa em Garden State depois da morte de sua mãe. Retornar depois de tanto tempo, nesse caso, 9 anos, não é uma coisa fácil. Nesse processo de reencontrar e de ter lidar com o passado, Andrew conhece Sam – interpretada por Natalie – uma mentirosa compulsiva e cheia de vida.

Esse é um daqueles filmes de sinopse pequena, mas que falam muita coisa pra gente, sabe? É divertido e um pouco triste. Tem tempo que assisti, mas lembro que me fez pensar muito sobre minha relação com meus amigos.

Hotel Chevalier (Wes Anderson, 2007)

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Hotel Chevalier é na verdade um curta-metragem dirigido pelo Wes Anderson que foi lançado como prólogo do filme A Viagem para Darjeeling. Ele está completo no youtube e tem só 13 minutos.

É um curta um tanto enigmático. Jack Whitman (Jason Schwartzman) está hospedado em um hotel e recebe a visita surpresa de uma mulher. No meio do jantar, nesse encontro misterioso, começamos a perceber os altos e baixos do relacionamento dos dois. Simples assim, mas nem tanto.

Hesher (Spencer Susser, 2011) – trailer

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Sinto que esse é um daqueles filmes que ou as pessoas amam ou odeiam. Eu amo, mas confesso que comecei não gostando até entender qual era a do filme.

O menino TJ perde a mãe e ele e o pai vão viver com a avó. A vida dos dois está completamente abalada quando aparece Hesher (Joseph Gordon-Levitt) para piorar tudo. Ele é um cara from hell que odeia todo mundo, gosta de quebrar e botar fogo nas coisas e resolver os problemas da maneira que acha mais interessante. Nesse meio tempo em que não consegue se livrar de Hesher, TJ acaba com uma paixonite por Nicole (Natalie), uma moça simples, caixa de supermercado.

A vida dos três acaba dando um nó e o filme se transforma num puta drama com um final que eu não esperava. Achei ele muito honesto e muito sensível. Comecei o filme nada simpática e terminei emocionada!

Closer (Mike Nichols, 2004) – trailer

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Bom, o que dizer desse filme? Fiquei pensando muito em como contar o que ele é, mas não consegui, então copiei a sinopse do Filmow: Uma inteligente, romântica e muito perigosa história de amor sobre encontros inesperados, atrações instantâneas e traições casuais. Uma visão sobre quatro estranhos – Julia Roberts, Jude Law, Natalie Portman e Clive Owen – com uma coisa em comum: eles mesmos.

Tenho uma relação estranha com Closer. Assisti várias vezes, em diferentes momentos da minha vida e em cada um deles tive uma percepção diferente da história. É um filme quase impossível de não fazer qualquer relação com qualquer situação amorosa que você já tenha vivido.

E é um espetáculo de atuação, né gente? Se não assistiu ainda, tá na hora!

Sexo Sem Compromisso (No Strings Attached, Ivan Reitman, 2011) – trailer

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Confesso que não estou na vibe de comédia romântica há muito tempo e esse filme especificamente assisti na época em que eu queria ver todos com a Natalie.

Ela faz o papel  de Emma, uma médica que, na tentativa de ajudar Adam (Ashton Kutcher) a se recuperar do fim de um namoro, acaba se envolvendo com ele. Mas Emma não quer ter um relacionamento sério e eles combinam de se encontrarem apenas com objetivo do sexo. Bem clichê, vocês já podem adivinhar o final.

Mas é relax e engraçado. É também diferente ver a Natalie fazer o papel de uma médica que é nada profundo em comparação com os outros que indiquei até agora.

A Loja Mágica de Brinquedos (Mr. Magorium’s Wonder Emporium, Zach Helm, 2007) – trailer

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A jovem Molly Mahoney recebe a incumbência de gerenciar a loja mágica do Sr. Magorium, um senhor de 243 anos que está indo embora da cidade. A loja de brinquedos é encantada e tudo lá tem vida própria. Porém, um dia, o contador Henry Wetson aparece para fazer uma auditoria em todos os brinquedos e depois disso misteriosamente a loja perde seu encantamento. Molly e Henry tem, então, que tentar recuperar a magia  do local.

Um filme leve e divertido e possível de ser assistido por crianças, diferente dos outros que apareceram antes. Eu desconhecia completamente a existência dele filme e só o encontrei nessa minha empreitada de assistir a filmografia da Natalie. Eu particularmente gosto desse tipo de filme, muito colorido e muito fantasioso. Uma versão bem modesta de A Fantástica Fábrica de Chocolates!

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Ufa, acho que foi uma das maiores listas que fiz no blog até hoje! Espero que gostem das dicas!

E me contem aí, o que tem assistido de bom?