Coisas aleatórias numa noite de segunda-feira

Não morri, estou bem viva e vou contar pra vocês.

1. A primeira coisa importante que tenho pra contar é sobre esse blog que agora é parceiro de duas editoras muito lindas, a Gaivota e a Biruta (vocês viram os selinhos ali do lado?). Eu realmente não estava esperando que isso pudesse acontecer e estou bem feliz! As duas publicam livros infantis e infantojuvenis, então aguardem que em breve terão resenhas e vídeos de Três razões pra ler de livros lindezas. Eu amo livros, gente, estou ansiosa já, o que mais posso dizer?

2. A segunda coisa importante é que eu sumi um pouco porque estava participando de oooutro filme. E dessa vez não estava na direção ou em nenhuma função técnica, massss resolvi me aventurar e ser atriz. Vejam vocês que reviravolta!

Eu já tinha atuado antes, só que foram coisas bem simples e secundárias. Mas pra este filme me convidaram pra ser a protagonista. Primeiramente, eu gostei muito. Foi bem divertido e o que e achava que era fácil de fazer, percebi que era difícil e vice-versa. Aprendi sobre direção mais do que nunca e acho que não vou ser mais a mesma quando tiver que dirigir um outro filme. Segundamente, posso ter estragado tudo hahaha Espero que não, amigos, vamos aguardar!

O filme não tem nome ainda, mas tem algumas fotos liberadas pela produção haha!

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Um dia de viagem

Finalmente, voltamos com a programação normal, gente. E já vamos começar a semana com vídeo novo!

Nos últimos tempos, tenho gostado muito de brincar na edição com as imagens que temos em casa ou então com filmes que eu gosto. É um ótimo exercício, recomendo muito pra quem está aprendendo a editar. Estou fazendo a experiência de “desmontar” o Band à part, que é um filme do Godard, e é incrível como a gente descobre coisas escondidas na edição! Depois posso vir aqui contar como tem sido esse processo.

Mas enfim, de repente, no meio dessas brincadeiras, aparece alguma coisa, como foi com o vídeo de hoje.

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Os teasers

Como comentei no último post, a data de estreia do nosso filme é 31 de outubro. Está super perto! Como ele tem ocupado minha mente quase 100% do tempo, pensei: por que não falar sobre ele blog então, já que está difícil pensar em outra coisa? Mas, ok, se você é novo por aqui, vou resumir rapidamente do que se trata porque esse assunto está espalhado bem desordenadamente no blog.

Já tem um tempo que a gente (eu mais namorado mais amigos) embarcamos na aventura de fazer cinema e já temos alguns curtas-metragens realizados nos últimos 7 anos. Mas o curta desse ano – O bicho que come dentro da gente – é um pouco mais especial porque ele é a consequência de um prêmio que ganhamos no ano passado com nosso último curta!

E exatamente por ser especial assim, a pressão e ansiedade em torno dele também é maior, pelo menos pra mim. Já gravamos tudo e estamos na fase de edição. Amigos, não-está-sendo-fácil. Quem já teve a experiência de editar qualquer tipo de vídeo, sabe que é uma fase crucial do processo todo. Qualquer cena retirada ou adicionada, qualquer plano cortado ou aumentado faz muita diferença. A música, então, nem se fala, muda o clima das cenas completamente. Ou seja, é um momento de decisões bem importantes (principalmente quando o prazo tá ali e precisamos entregar o filme pronto em alguns dias, haha! #socorro).

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Mas está tudo bem, tudo sob controle e tudo vai dar certo. Então, nesse post vim compartilhar os teasers que liberamos há alguns dias. O trailer ainda está sendo feito, mas nem sei se vai dar pra postar por aqui antes da estreia no festival.

Por muito tempo, fui uma fominha de trailers. Assistia a vários todos os dias. Agora mudei um pouco esse hábito… Tem trailer que é praticamente um resumo do filme inteiro, então perde totalmente a graça. Daí fico na dúvida se assisto ou não. As vezes começo a ver e paro no meio do caminho se sinto que vai mostrar demais. Vocês são assim?

Enfim, contando pra vocês um pouco desse processo e pensando nessa experiência com os trailers, pra esses teasers – fui eu que montei – tentei mostrar um pouco do clima do filme, mais do que contar algo da história em si. Acho que é mais interessante, mesmo porque o teaser geralmente é menor do que o trailer, então nem teria tanto espaço assim pra ser profundo. Como o próprio nome já diz, é um teaser, uma provocaçãozinha pros espectadores.

Também criei uma regrinha mental pra estimular minha criatividade e não entregar muito da história, que foi a de não mostrar o rosto de nenhum personagem. Essas regras forçadas sempre nos ajudam pra não ficarmos perdidos em frente à tanto material e evitar aquela pergunta: por onde começo? #ficaadica

E aqui estão!

Depois do lançamento do filme, iremos disponibilizá-lo no youtube. Enquanto isso, temos postado algumas novidades e fotos na página do filme no facebook, pra quem quiser acompanhar!

Making of #1

Então, gente, como comentei com vocês, já estamos a todo vapor com o curta! Tem milhões de coisas pra serem resolvidas, mas estamos no caminho! Comecei a editar o que já temos de making of e, claro, queria compartilhar aqui com vocês.

Pela primeira vez nessa minha breve história de experiências com curtas-metragens, nós tivemos uma preparação de elenco. Vou confessar que nunca pensei que a coisa fosse tão importante. Como comentei nesse post, temos uma cena de dança no curta, e uma das atrizes, que é dançarina, propôs que todo mundo fizesse uma oficina pra soltar e conhecer o corpo, relaxar, entender os limites dos outros corpos, sai um pouco do lugar… enfim, eu não vou saber explicar como eles, mas sei contar o que vivi.

A gente alongou, brincou, dançou, rolou no chão, correu… um monte de coisas que eu jamais imaginei experimentar e que foram extremamente importantes pra gente pensar a atuação no filme.

Então, no segundo dia de oficina, resolvi registrar tudo pra ficar guardado e também pra gente ter de referência na hora de pensar as cenas. Ah, o filme se chama O Bicho que come dentro da gente.

É isso, espero que curtam participar um pouco desse processo!

The magic happens!

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Pois é, amigos, e aí que de repente começa a acontecer um monte de coisas na vida que te deixam empolgados ao mesmo tempo. E aí a gente é obrigado a parar um pouco, definir prioridades e assimilar tudo.

Lembram que eu contei que iríamos gravar um curta novo esse ano porque ganhamos um prêmio no ano passado? Então, começamos esse final de semana que passou. Quero dizer, as gravações porque a pré-produção e tudo mais ainda não acabou. Como dá trabalho, gente! É uma atividade que nos consome muito e são muitos problemas para serem solucionados que não tem como passar pra outras pessoas. Mas começamos com o pé direito e estou com bons pressentimentos.

Já estou editando os vídeos de making-of e em breve posto aqui (praqueles que gostam de acompanhar esse processo!).

Por causa de uma cena do filme, a própria atriz – que também é dançarina – propôs que toda a equipe fizesse uma oficina de dança (obrigada, Mayara!), como forma de preparar o elenco. E também pra ser legal, ora! Nessa oficina, aprendemos um pouco (e dançamos muito!) sobre um tipo de dança chamado Contato improvisação (procura no youtube, gente!).

E, certamente, essa foi uma das experiências mais doidas e boas que tive nos últimos tempos. Primeiro, eu sempre gostei de dançar e fiz balé quando eu tinha, sei lá, 4 anos. Então a dança, como atividade física, como técnicas que se aprende e como possibilidade de sentir uma coisa nova, estava looonge de mim. E é muito incrível como a gente é colocado numa situação assim completamente nova e de repente a gente tá lá, dançando feio doidos! Sério, nunca imaginei que isso pudesse acontecer, que eu, meus amigos, de repente entraríamos num transe e faríamos algo que a gente nunca tinha pensado antes na vida!

Acho que as vezes a gente esquece que não estamos mortos, né? Tenho 25 anos, mas a vida não acabou (oh, the drama)! Ainda podemos ter sensações novas e viver umas coisas assim inesperadas. E como isso bota a gente pra pensar!

E só pra fechar esses dias intensos com chave de ouro, amanhã vou SP com minha irmã! Vamos passar uns bons 5 dias por lá batendo perna e vou aproveitar pra conhecer umas pessoas queridas demais que conheci por causa do blog.

Êta coisa boa! <3 As vezes a gente tem que deixar os pequenos probleminhas superficiais e coisas negativas completamente de lado (quer dizer, isso devia ser todo o tempo, mas quem consegue, né? ) pra realmente aproveitar essas coisas novas que a vida dá.

(Essa imagem é da série Girls, pra quem não conhece!)

Tornado, o primeiro de todos

Já que eu e meus amigos andamos nessa vibe de curtas-metragens e festivais, e como eu disse que faria isso, resolvi mostrar pra vocês hoje o primeiro curta que participei.

Antes, deixa eu contar pra vocês a história toda. Eu entrei na faculdade com 17 anos porque gostava de escrever, nunca havia pensado no cinema como uma possibilidade. Eu e minha irmã sempre brincamos com câmeras desde novinhas, tenho mil filminhos nossos dançando, encenando e etc, mas filmes pra mim eram só passatempo. Acho que eu sequer tinha noção da existência de cursos de cinema.

E aí que no início da faculdade, eu e os amigos da época conhecemos o Dudu, que tinha uma câmera bem legal e já entendia desses paranauês. Um dia estávamos de bobeira na casa dele e simplesmente resolvemos fazer um filme. Do nada mesmo. Não faço a menor ideia da onde surgiu essa ideia do aspirador de pó assassino, mas pensamos tudo no mesmo dia e marcamos de gravar. E olha, apesar de ser super simples, deu trabalho! Muitos dedos foram cortados com fios de nylon pra fazer esse filme, hahaha!

Mas sem dúvidas foi uma das melhores experiências que tive. Foi tudo feito despretensiosamente, na diversão, pelo prazer de estar fazendo algo legal.

No final das contas, acabamos o inscrevendo no Primeiro Plano, aquele festival que acontece aqui na minha cidade, e foi uma das coisas mais loucas que já vivi. Primeiro, porque foi a primeira vez que participei do festival e, segundo, porque assistir o Tornado na tela gigante e notar a reação das pessoas, perceber que elas estavam rindo, reagindo a ele de verdade, foi uma coisa que me desestabilizou. Acho que nesse dia eu me apaixonei pelo cinema e decidi que era o que eu queria estudar.

Pra finalizar, nós acabamos ganhando o Prêmio José Sette no festival, que é mais uma brincadeira, um incentivo pra gente continuar fazendo. O prêmio consistia em cachaça, torresmo, pipoca e outras comidas de bares famosos aqui na cidade, haha. Vocês podem imaginar nossa felicidade, né?

Enfim, ele já tem mais ou menos 6 anos de idade, mas ainda tenho muito carinho por ele. Me lembra uma época boa!

Espero que curtam também! ;)

Sobre um prêmio

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E aí que depois de 7 anos participando do festival na minha cidade, depois de mais de 2 anos de amizade com pessoas muito especiais, depois de meses trabalhando em um roteiro, produzindo, gravando, editando, a gente ganhou um prêmio!

Vocês se lembram do post sobre o nascimento do curta? Pois é, acabou que com muito esforço e dedicação de todo mundo, Marx Pode Sair ficou pronto mesmo e acabou ganhando o Prêmio Incentivo no festival de cinema Primeiro Plano que acontece há anos aqui em Juiz de Fora. A competição desse prêmio é entre curtas feitos por universitários e um júri escolhe o merecedor.

Nós ganhamos uma grana e também a possibilidade de empréstimos de equipamentos legais para a produção de outro curta. Essa é nossa contrapartida, temos que produzir um filme que será exibido na abertura do festival nesse ano! Olha que chique!

Trabalhar com cinema no Brasil é bem complicado pra quem quer fazer algo autoral. E é por isso que nós não trabalhamos com cinema, haha! Nós somos um grupo de amigos que simplesmente tem vontade de fazer filmes, de colocar pra fora nossas ideias e ver o que dá. E isso não significa que não é e que não dê trabalho, viu?

Nosso curta foi feito com muito amor, muito vinho, muita pizza da Sadia e trinta reais de cada um pra pagar o lanche para os atores, que foram maravilhosos e decidiram embarcar com a gente num projeto que, tenho certeza, pareceu sem pé nem cabeça no começo. E o fato de ter ganhado o prêmio com esse curta é muito significativo porque provou pra mim que podemos continuar fazendo desse jeito.

Pra completar a felicidade, nosso filme foi selecionado para a Mostra de Cinema de Tiradentes e vai ser exibido hoje na Mostra Cena Mineira. Êta lindeza!

Quando o curta estiver online eu mostro pra vocês. Enquanto isso, vocês podem acompanhar o caminho que Marx Pode Sair tem trilhado no nosso blog. Lá tem mais detalhes, mais fotos e mais vídeos.

Obrigada a todo mundo que apoiou a gente por aqui! Não poderia deixar de compartilhar esse momento especial com vocês!

Curta da vez: Éclat du jour

Já disse várias vezes aqui que filmes com crianças no elenco, principalmente quando todos são crianças, me chamam muita atenção e foi principalmente por isso que quis assistir esse. Éclat du jour – ou Daybreak, em inglês – é de Montreal e foi dirigido por Ian Langarde.

Tecnicamente falando, o filme é bom e bonito. Gostei dos enquadramentos, das locações, os movimentos de câmera são precisos, os figurinos bem naturais. Tudo isso combinado com diálogos mínimos, acabou criando uma vibe bem realista e natural mesmo, não tenho outra palavra, no sentido de que, pra mim, tudo aquilo poderia de fato acontecer e ser daquela forma.

O plano inicial do menino andando com o espelho foi excelente. Quem nunca fez isso? E o outro momento em que o outro menino estava, sei lá, testando seus limites ao brincar de ser enforcado e depois começa a fazer caretas foi esquisitíssimo, mas genial na minha opinião. Gosto desses momentos estranhos, que não dizem nada, que não estão tentando “passar uma mensagem”, mas que fazem todo o sentido de estarem ali.

Mas, mais do que o aspecto técnico, achei que o curta foi feliz em tratar desse momento da infância em que ser curioso, ser inocente, ser cruel, querer se divertir, está tudo junto e misturado. São linhas muito tênues que dividem todas essas situações exatamente porque quando somos crianças, somos crianças. Na maioria das vezes não sabemos a consequência do que fazemos. As coisas valem por si só no momento em que elas acontecem.

Enfim, é difícil dizer porque minha cabeça não pensa mais como quando eu era criança e não me lembro porque eu fazia as coisas que fazia. Mas, e acho que nesse ponto que o filme foi feliz, nós todos conhecemos a sensação de ser pegos, de estar fazendo algo errado, de ter magoado alguém, por maior que seja nossa inocência quando pequenos. É horrível quando percebemos que fizemos merda, né? E conhecemos esse sentimento e conseguimos lembrar dele justamente porque acredito que seja o mesmo que sentimos desde quando éramos crianças até hoje.

Esse não é o filme da minha vida, gente, não é o melhor curta que já vi, mas me fez pensar nessas coisas. E acho que quando um filme me faz pensar assim, ele foi bom pra mim. E se foi bom pra mim, eu fico com vontade de mostrar pra vocês!

E é isso. Me contem o que vocês acharam se assistirem!

Bom final de semana!

via Short of the week

Sobre o nascimento de um curta-metragem

Hoje era dia de cartaz de filme, mas resolvi começar a semana compartilhando com vocês algo muito especial!

Finalmente, eu e aquele grupo de amigos que sempre comento por aqui começamos as gravações do nosso filme! “Marx Pode Sair ainda não é um curta, nem um média, nem um longa. Por enquanto ele é um documento de texto que fala em umas 13 cenas da relação de três jovens que são confrontados com o fato de ter que esconder Marx em seu apartamento. O roteiro incompleto, antes de ser um problema, é uma oportunidade para que a gente sinta o clima do filme e para que os atores se envolvam na criação”.

Não vou falar muito mais sobre o filme aqui. Convidamos a todos vocês pra acompanharem a gente nessa aventura pelo blog O quarto do Marx, onde vamos postar fotos, teasers, making of, referências e tudo mais que circunda o processo de produção desse curta.

Depois de quase três anos, estudando cinema juntos, vendo filmes, fazendo festas, morando juntos, viajando juntos, esse curta está sendo não só o resultado de muito esforço, dedicação e estudo, mas também o resultado de nossa amizade, da vontade de construirmos algo que tenha a mão de todos nós.

O filme é um experimento e uma experiência. Ele está em aberto. Sabemos onde queremos ir, mas não sabemos ainda onde vamos chegar. Desde já agradeço aos atores maravilhosos que embarcaram com a gente nessa loucura!

E sejam vocês muito bem vindos também!

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