Em cartaz #36: Czechoslovakian school of animated film

No meu vício de colecionar pôsteres legais e bonitos, acabei caindo no site Terry Posters e encontrando essas belezas.

Estes são cartazes de filmes infantis produzidos na antiga Tchecoslováquia durante um período conhecido como Czechoslovakian school of animated film (algo como Escola tcheca de filmes animados). Eu não conheço nenhum, infelizmente. Aliás, acho que tive pouco ou nenhum contato com filmes de animação de outros países, ainda mais antigos, que não sejam os que vi na TV ou no cinema quando era criança.

 photo 8_klubicko pitra 56_zpstbrxaqx1.jpg

 photo anon 60_zpstkxxemoi.jpg

 photo anon 58_zpscrbdiwjv.jpg

 photo pos petr 70_zps9kintemm.jpg

 photo ech Jindich 69_zpsrqew9ysc.jpg

 photo dvorak 65_zps0fststga.jpg

 photo anon 55_zpslgfe5c4d.jpg

Embora eu tenha gostado de todos (e mais outros mil que estão lá no Terry Posters), acho que alguns dos meus preferidos são estes abaixo, que tem traços bem simples e, eu diria, divertidos. Parecem desenhos feitos por crianças e por algum motivo isso me faz gostar mais deles.

No geral, os pôsteres me chamaram atenção porque são coloridos e alguns bem minimalistas. Eu não sei ler nada disso que está escrito neles, então não dá pra saber bem sobre o que é o filme. Mas o design, as cores e as formas como os desenhos estão distribuídos no espaço me parecem não tão convencionais. Além de pôsteres de filmes, poderiam facilmente ser quadros ou capas de livros.

 photo Hubikovaacute Alena 72_zpsgscc4gym.jpg

 photo Vodaacutekovaacute Sylvie 61_zpsud4ygxpe.jpg

 photo pos petr 61_zpsqj8pcuga.jpg

 photo Figer Jiiacute st. 62_zpscabe3wlq.jpg

 photo Sra Jaroslav 73_zpsq9x7goem.jpg

 photo Vodaacutekovaacute Sylvie 60_zpskjmcwxwu.jpg

Para acessar o link direto com o nome dos filmes e dos artistas que criaram os cartazes, é só clicar em cada imagem. E pra quem se animar, lá no site alguns deles estão à venda!

Boa semana, pessoal!

Em cartaz #35: John and Mary

 photo john_and_mary_xlg_zpstnzuz6x4.jpg

 photo tumblr_mjpl5xczne1qfhodmo1_1280_zpsaahmix7p.jpg

John and Mary se conhecem em um bar. Os dois engatam numa conversa interessante e Mary acaba indo para a casa de John. Na manhã seguinte, Mary acorda no apartamento daquele cara que ela nem sabe o nome e começa a andar pela casa tentando descobrir um pouco da vida do sujeito. John, depois que acorda, faz o mesmo movimento. Observando Mary, seu jeito, seus pensamentos, tenta entender com quem ele está sentado tomando café.

O filme é construído basicamente, e literalmente, sobre os pensamentos de John e Mary sobre o outro. Eles pouco conversam, o que mais ouvimos são seus pensamentos. Eles presumem coisas, tentam adivinhar, constroem futuros e o destroem logo em seguida, se julgam e brigam um com o outro dentro da cabeça sem nem ao menos se conhecerem.

Julgar as pessoas pela aparência, através de nossos próprios preconceitos, é tão feio, porém tão normal de acontecer, né gente? Quando a gente menos espera, podemos estar jogando fora uma coisa legal por causa desses comportamentos. Eu gostei do filme por causa disso, é bem simples e meio que coloca uma lupa nesse problema específico da desconfiança quando não conhecemos alguém.

 

 photo fe5b4b63d20016f7c10d19204c6fb96f_zpsqgq1tg3n.jpg

John e Mary é uma adaptação do livro homônimo escrito por Mervyn Jones, foi dirigido por Peter Yates e lançado em 1969. Apesar de ser ter Mia Farrow e Dustin Hoffman nos papeis principais, dois atores bem queridinhos naquela época – Mia havia acabado de fazer O Bebê de Rosemary – o filme parece não ter tido muita repercussão.

Nem encontrei muitos cartazes, como vocês podem ver. Esta segunda versão foi feita pela artista Miyuki Okashi, e achei bem mais interessante do que o poster oficial. Acho que é a primeira vez que encontro um cartaz feito – ou com o efeito – de aquarela.

Bom, pessoalmente, acho um filme bem realizado e, inclusive, um prato cheio pra quem gosta da moda e design dos anos 60/70. John era um amante do design e seu apartamento parece todo modernoso pra época, o que chama a atenção de Mary também. Eu não sei nada de arquitetura, gente, mas parece super chique. E Mia Farrow, toda bonita com esse pixie cut e vestido de gola peter pan, dispensa comentários!

 photo jm_zpso0m6w56s.jpg

No ano passado, na semana do dia dos namorados, fiz um post com uma lista de filmes anti-dia dos namorados. Pra não repetir a negatividade, resolvi trazer esse porque é, de certa forma, esperançoso e nos faz pensar na forma como agimos nesse processo de conhecer alguém novo. Acho que não deve ser um filme difícil de encontrar, mas ele está completo no youtube!

Agora, momento desabafo, quase não tenho assistido filmes, gente, socorro! O que vocês tem visto de bom? Me contem aí!

o/

Em cartaz: Meta para 2015

Eu já contei pra vocês que, assim como muitas vezes compro livro pela capa, eu também guardo pôsteres bonitos de filmes, sem saber exatamente sobre o que eles são. Ou então, alguém me indica algum filme e depois vejo que o pôster é lindo e fico animada a assistir.

Pensando nisso, resolvi estabelecer uma meta. Selecionei alguns desses pôsteres de filmes (quase) desconhecidos por mim e decidi que vou assisti-los no ano que vem. Como vocês podem notar, fiz uma meta bem possível e bem pé no chão com apenas 12 filmes, ou seja, um por mês. Não adianta querer fazer metas loucas porque sei que vai ser difícil cumprir. Sempre aparecem filmes legais no caminho e a listinha acaba ficando pra trás.

Mas dessa vez vai ser totalmente possível e me comprometo a falar sobre cada um deles aqui no blog!

 photo meta1_zps65ba10a7.jpg

1. A Guerra dos Botões (War of the Buttons, John Roberts, 1994)

2. Upstream Color (Shane Carruth, 2013)

 

 photo meta2_zpsa225edd3.jpg

3. O Espírito da Colmeia (El Espiritu de la Colmena, Victor Erice, 1973)

4. O Discreto Charme da Burguesia (Le Charme Discret de La Bourgeoisie, Luis Buñel, 1972)

 

 photo meta4_zps356f31ea.jpg

5. Homens, Mulheres e Filhos (Men, Women & Children, Jason Reitman, 2014)

6. Ida (Pawel Pawlikowski, 2013)

 

 photo meta3_zps07cd140f.jpg

7. Submarine (Richard Ayoade, 2010)

8. Os Pássaros (The Birds, Alfred Hitchcock, 1963)

 

 photo meta5_zps60d6a62a.jpg

9. Amores Expressos (Chunking Express, Wong Kar-Wai, 1994)

10. E.T, O Extraterrestre (Steven Spielberg, 1982)

 

 photo meta6_zps86260b84.jpg

11. Terra Estrangeira (Walter Salles, 1996)

12. Metropolis (Fritz Lang, 1927)

 *

Como contei, alguns filmes são um completo mistério pra mim, como Upstream Color, Terra Estrangeira, Ida e O Espírito da Colmeia. Esses totalmente me pegaram pelo cartaz+título. Já alguns são clássicos que eu nunca assisti, como o E.T., Metropolis e Os Pássaros. Listinhas de meta são boas exatamente pra colocar esses filmes que a gente fica enrolando pra assistir! Mas no geral, realmente não sei o que esperar dos filmes. Li a sinopse e vi o trailer de alguns, mas não li nada sobre eles, então vai ser só surpresa!

E vocês, já conhecem algum desses filmes? E fizeram alguma meta pra 2015 também?

Me contem! (:

(Obs.: Dudu, espero que fique animado com a lista também! <3)

Em cartaz #25: Wait Until Dark

Acho que de todos os filmes com a Audrey Hepburn que já assisti, Wait Until Dark – ou Um clarão nas trevas, em português – é o primeiro em que ela não faz o papel de uma mocinha envolvida num romance. Quer dizer, tem romance, mas ela está muito diferente de outros papeis que já fez. Ele é de 1967 e foi dirigido por Terence Young.

Eu descobri o filme nesse vídeo que comentava algumas das cenas mais terríveis/assustadoras de filmes. Quando vi que citaram uma cena de um filme com a Audrey logo me interessei.
 photo eua2_zpsc9b27db9.jpg

 photo eua1_zps106bf5a8.jpg

 photo wait-until-dark-2_zpsb87f298d.jpg

 photo polo_zps0edbe52d.jpg

Certa feita, um homem acabava de descer do avião quando uma mulher estranha lhe entregou uma boneca e disse para fazer o que quisesse com ela. Boneca, esta, que estava recheada de heroína. O homem, Sam, dá a boneca para sua mulher Suzy, que havia ficado cega há pouco tempo por conta de um acidente de carro. Um dia, Suzy recebe a visita de um homem desconhecido que se passa por amigo de Sam. Ele e mais dois outros criminosos estão atrás da boneca. Os três se passam por policiais e inventam outras histórias para enganar Suzy e conseguir descobrir onde está a boneca sem que ela note nada.

O filme é bem legal e embora tenha sido citado no vídeo sobre cenas aterrorizantes, ele é de suspense. É realmente muito angustiante ver um filme em que a personagem principal é cega é enganada. Sem dúvida essa foi a coisa mais aterrorizante pra mim.

 photo alem_zps6c8c15db.jpg

 photo MPW-54263_zps1eb2f6f6.jpg

Fiquei curiosa a respeito dos cartazes do filme e, uau, encontrei muitos! Parece que o ele rodou o mundo todo, tem muitas e muitas versões e selecionei as mais diferentes e as mais legais.

Achei bem interessante como em vários eles os olhos ganham destaque. O mais original, pra variar, é o polonês, aquele ali de cima só com os olhos. Nem precisava dizer qual é, acho que vocês identificariam facilmente.

Outro elemento que aparece bastante é o fósforo e o fogo. Suzy fica cega, na verdade, por causa da fumaça que havia no momento do acidente de carro, então ela tem uma relação com o fogo que aparece em várias cenas do filme, inclusive em uma cena crucial que está retratada em alguns cartazes.

 photo esarg_zpsc4b6869d.jpg

 photo tchejap_zps93234ff5.jpg

 photo iteua_zpsb615df09.jpg

O último cartaz – que parece estar cortado, uma pena – é o melhor de todos. A mensagem que está escrita nele é mais ou menos essa: “Durante os últimos oito minutos desse filme, o teatro escurecerá até o limite legal para aumentar o terror do clímax, que acontece em quase total escuridão da tela. Nos setores em que fumar é permitido, será pedido respeitosamente para que os clientes não atrapalhem o efeito acendendo um cigarro. E claro, ninguém estará sentado nesse momento”.

Simplesmente uma jogada de marketing genial! Quem não quer ver um filme com esse aviso?

Então é isso, esses são os cartazes dessa semana. Me contem se vocês já assistiram o filme! E se não assistiram, acrescenta aí na listinha. Principalmente se você gosta da Audrey! É a chance de vê-la em um papel bem diferente!

Boa semana, pessoal!

E um super obrigada a todos os comentários que tenho recebido recentemente. Fico feliz que vocês se identifiquem com o blog! <3

* Os cartazes são dos sites MoviePosterDB e IMP Awards.

Em cartaz #24: Dolls

Estou pra dizer que este foi um dos filmes mais bonitos que vi nesse ano. Bonito aqui em todos os sentidos, tanto por causa das imagens quanto das histórias que conta. Procurei bastante, mas parece que ele só tem esse cartaz, o que, na verdade, não é problema nenhum porque acho que ele representa o filme muito bem.

 photo dolls1_zpsf55d33b3.jpg

Dolls é de 2002 e foi dirigido pelo japonês Takeshi Kitano. Eu diria que o filme conta três histórias de amor e explora as possibilidades e os limites das pessoas para estar perto, para ajudar e para encontrar aqueles que elas amam. As histórias não tem exatamente uma ligação entre si e o filme também não é episódico, ou seja, elas não são contadas uma após a outra, mas são entrecortadas.

O filme é lento, não lento chato, mas é lento porque as coisas acontecem devagar e vamos descobrindo e observando pouco a pouco quem são aquelas pessoas e como elas chegaram ao ponto que chegaram.

Não sou conhecedora da cultura japonesa, mas consegui perceber alguns elementos que aparecem nas relações entre os personagens em outros filmes, como a força da lealdade, o peso do destino, do fardo e da dívida que cada um carrega, o que acaba distanciando o filme de ser um happy ending do amor. O filme também começa com um teatro de bonecos, que acabei de descobrir que se chama Bunkaru, que é algo que existe há muito tempo no Japão e tem como objetivo contar as histórias antigas do país. Não consigo fazer uma análise profunda, mas sinto que todos esses elementos e simbolismos tem um papel forte no filme e tenho a impressão de que essas histórias não poderiam ter sido contadas da forma que foram se o filme fosse de outro país. Isso pode parecer óbvio, mas não sei, para mim, essas não são histórias de amor universais.

E para terminar, não podia deixar de comentar o quão maravilhosas são as imagens do filme. O cartaz já dá uma amostra boa do que vocês verão. As cores são vibrantes, as paisagens são de tirar o fôlego, tudo salta aos olhos. Infelizmente não encontrei nenhuma imagem ou vídeo com a resolução boa o suficiente pra vocês terem ideia do que eu estou falando, mas olha, é uma coisa maravilhosa de se ver. Eu não consigo descrever, só vendo mesmo…

Deixo vocês com esse trailer, que não está numa qualidade muito boa, mas acho que vale a pena! Se não sabe o que assistir nos próximos dias, já deixo minha dica!

Boa semana pra todo mundo!

Em cartaz #23: O Exorcista

Quando eu era mais nova, ou quando eu comecei a ir nas locadoras sozinha, eu basicamente assistia três tipos de filmes: desenhos animados, comédias românticas e terror/suspense. Eu me lembro que meu pai não gostava muito que alugasse os de terror e ficava selecionando qual eu poderia ver ou não, com toda razão, né?

Mas tem certos filmes que são muito bambambans, a gente acaba ouvindo falar deles e querendo assistir. Foi assim com O Exorcista. Eu sempre ouvia falar dele como o melhor filme de terror, horrível, muito assustador, nojento, etc… e claro, eu no auge da adolescência, queria assistir. E óbvio, morri de medo, fiquei super assustada, mas, por causa do auge da adolescência, super me fazia de durona, ria do filme, ficava rindo do vômito verde, etc, hahaha, só que por dentro…

E, só pra completar, eu descobri na biblioteca da escola o livro homônimo que inspirou o filme escrito por William Peter Blatty. Eu era ratinha da biblioteca e fuçava em todas as prateleiras. Me lembro que ele estava num cantinho bem escondido e quando levei pra bibliotecária – tia Maria Inês, saudades! – ela não queria deixar eu levar de jeito nenhum, haha! Brigou comigo e tudo, mas no final acabei levando.

Depois, acabei encontrando o  livro num sebo. Também estava jogado num cantinho, todo amassado. Acho que as pessoas não tem muita simpatia pela história, né? Não estava em boas condições, como vocês podem ver. Mas o ex-dono deixou uma assinatura na contracapa e o livro é de 74, apenas um ano depois do lançamento do filme e já era a sexta edição. Sucesso total.

 photo IMG_85912_zpscd74c813.jpg

Bom, lembrei dessa parte da história da minha vida com o cinema e resolvi trazer os cartazes do filme aqui para o blog.

 photo exorcist_zps0817f009.jpg

 photo exorcist_ver2_zpsc32414e2.jpg

 photo exorcist_ver3_zpsc447b159.jpg

Se você nunca assistiu e não conhece a história, O Exorcista é um filme de 1973, com o roteiro escrito pelo próprio William Peter Blatty e dirigido por William Friedkin.

Tudo se passa em Georgetown. Chris McNeil é uma atriz e está participando de uma filmagem na cidade. Ela tem uma filha de 12 anos, Regan. Depois de brincarem com uma mesa Ouija, coisas estranhas começam a acontecer com a menina. Ela tem convulsões, fica violenta, diz coisas sentido e reclama que sua cama se movimenta sozinha. Percebendo que a coisa parece séria, Chris a leva no médico, mas ninguém consegue descobrir o que Regan tem. A situação piora quando a menina começa a demonstrar poderes sobrenaturais, troca de voz, adquire muita força e faz movimentos absurdos com o corpo. Chris percebe que aquela não é sua filha e, notando que o buraco é mais embaixo e que os médicos não podiam fazer mais nada, ela vai até a igreja procurar ajuda com o padre Karras, que é também psiquiatra. Decidindo por fazer um exorcismo, ele chama às pressas o padre Merrin, um exorcista experiente para ajudar.

A cena que está nesses primeiros cartazes é a chegada no padre Merrin na casa de Chris. É interessante notar que, apesar da história ter como foco Regan e sua transformação, o livro e o filme se chamam O Exorcista, então, para mim, esses cartazes fazem todo o sentido. O primeiro é meu preferido.

 photo ex2_zpsb268fccb.jpg

 photo ex3_zpsaa891808.jpg

Nessa minha pesquisa de cartazes – já estou no 23º post! – tenho notado que quanto mais antigo o filme, mas opções de cartazes existiam. Artistas do próprio país os desenhavam e isso é muito interessante porque eles ficam, digamos, personalizados culturalmente. Hoje em dia tudo parece meio padronizado, né? Mudam só o título para a língua do país em que vai ser exibido, as vezes mudam alguma cor, a posição dos elementos, mas no fundo são todos muito parecidos.

Sempre comento como os da Polônia são totalmente diferentes dos outros e, de fato, são. O polonês da vez é esse vermelho aqui embaixo. É bem louco, não consigo imaginar o porquê da referência da cobra ali. Talvez esteja esquecendo de algum detalhe da história, mas, sem dúvidas, destoa dos outros. Ali em cima eles são, na ordem, do Japão, Suécia, Turquia e Austrália. Gostei muito do japonês. A referência à janela foi uma excelente ideia. Não vou contar o que acontece nela, mas enfim, ficou ótimo, bem instigante.

 photo ex1_zps29534669.jpg

Eu sei que não é um filme muito agradável e confesso que não faz muito mais meu estilo hoje em dia. Gosto de assistir terror/suspense mais pra me divertir com os amigos ou com minha mãe e irmã, haha. Mas se eu estou em casa sem ideias do que assistir, filmes de terror não são mais minha primeira escolha.

De qualquer forma, O Exorcista me marcou bastante e, com certeza, a vida de muita gente. Ele foi um fenômeno na época do lançamento. Assisti um documentário sobre isso e vou colocar em breve nos ‘Filmes da Semana’. Pra década de 70, fico bem impressionada com os efeitos especiais do filme também. E, claro, são espetaculares a atuação e caracterização de Linda Blair, que era realmente uma criança naquela época. É impressionante a maneira como ela incorpora o personagem. Como transformar uma criança fofinha em um demônio? Não deve ter sido nada fácil. Tem muitos vídeos de making of no youtube. Se vocês gostam, vale a pena procurar!

Então, me contem, vocês já assistiram O Exorcista? Como é a relação de vocês com filmes de terror? A maioria das pessoas que eu conheço não gosta!

Beijinhos e boa semana, gente!

* Os cartazes são dos sites MoviePosterDB e IMP Awards.

Em cartaz #22: Laurent Durieux (e resultado do sorteio)

Laurent Durieux é mais um artista que descobri sem querer nessa internet sem fim. A princípio, tinha visto e gostado das versões de cartazes para filmes do Hitchcock. Depois, descobri no site de Durieux mais um monte de cartazes legais.

O que me chamou atenção logo de cara foi a forma que ele trabalha as cores e os contrastes nos desenhos. Ele consegue misturar tons bem escuros com cores pastéis e neon, o que resulta em desenhos super contrastados. Com isso, ele consegue também criar focos de atenção nos cartazes de um jeito mais bonito.

Selecionei alguns dos que gostei mais pra mostrar aqui. O que achei legal também é que apesar da repetição desse estilo contrastado, ele trabalha com diferentes cores e formatos, então os cartazes são bem diferentes entre si.

 photo laurent9_zpseae314b0.jpg

 photo laurent8_zps907d8a75.jpg

 photo laurent7_zps0462a3e8.jpg

 photo laurent3_zpsf02805e9.jpg

 photo laurent4_zpsc1c507cb.jpg

O que gostei demais também foi ter encontrado diferentes versões para o mesmo cartaz que o próprio Laurent disponibilizou no site pessoal dele. Dá uma sensação de estar tendo acesso ao background da criação, sabe? Talvez ele tenha mantido as diferentes versões porque gostou da duas e não soube ou não quis escolher. Esse momento de decisão sempre é difícil e dá pra entender perfeitamente, né? As cores influenciam muito e podem acabar dando tons diferentes no resultado final.

Pessoalmente, desses aqui abaixo, gostei mais das segundas versões dois dois. Adorei principalmente a paleta de cores do último. Essa combinação de laranja, lilás e verde ficou bonita demais da conta!

 photo laurent1_zps93585968.jpg

 photo laurent2_zpsf7b78303.jpg

 photo laurent6_zpsfc3d315e.jpg

 photo laurent5_zpsfc5e7dd4.jpg

Para conhecer mais trabalhos do Laurent, é só acessar o site pessoal ou então o perfil dele no site Repostered, que foi de onde peguei algumas dessas imagens.

E vocês, curtiram, acharam legal, acharam feio? Contaí!

*

Resultado do sorteio dos marcadores do Van Gogh!

E os ganhadores foram: Camila Faria / Flaviele (flaviele.blogspot.com.br) / Brunna (dobrodametade.com.br) / Ju Regis / Olivia Alves / Camila Camacho / Yule Barbosa / Ferds (malditovivant.net) :D

(Para ver os prints do sorteio, clique aqui e aqui. Se em uma semana alguém não enviar o endereço para entrega dos marcadores, vou sortear outro participante, ok? Pode entrar em contato pelo facebook, twitter ou pelo email umacadeiraporfavor@gmail.com)

Fico feliz que pessoas queridas tenham ganhado! Obrigada por participarem, gente. Em breve rola outro sorteio por aqui!

Em cartaz #21: No

Estava na dúvida de qual cartaz postar hoje, mas todo esse clima de eleição me fez lembrar do No, um filme de 2012 dirigido pelo chileno Pablo Larraín.

Em 1988, o Chile tem que decidir, através de um referendo a permanência de Augusto Pinochet no governo, depois de 15 anos de ditadura. Pela segunda vez, o próprio Pinochet abriu o referendo, e a população deveria votar sim ou não, o que poderia dar a ele mais oito anos governando o país. A campanha do No contrata um jovem publicitário exilado do Chile, Rene Saavedra (Gael García Bernal), para pensar em novas estratégias e tomar a frente das propagandas.

O filme é baseado em uma peça do escritor chileno Antonio Skármeta, mas a história é real. A campanha ousada do No venceu e Pinochet finalmente saiu do poder.

 photo NodePabloLarraiacuten_zps8baf661b.jpg

 photo no_ver6_xlg_zps4a808d85.jpg

Os cartazes são bonitos e chamativos! Quando vi nos cinemas aqui de JF lembro que chamaram muito minha atenção (nem foi por causa do Gael, gente, nem foi… haha). Mas as cores tem uma razão de estarem aí, elas remetem à verdadeira identidade da propaganda criada por Rene. O primeiro cartaz é uma reprodução perfeita da arte usada de fato na campanha. Encontrei esse vídeo com as propagandas reais do Si e do No, se vocês quiserem ver.

O arco-íris tem muitas significações. Para mim, nesse contexto do filme, me lembra esperança, uma boa mudança repentina, um final feliz. Achei muito bom como eles usaram as cores em toda a extensão dos cartazes, com esse efeito de degradê entre elas. E acabou criando um contraste interessante com a imagem do Gael, que está sério e tenso.

Com exceção do último cartaz – que ficou com super cara de drama familiar, na minha opinião – essa ideia de brincar com as cores aparece em todos os outros. Ficou com uma cara meio hipster, talvez, mas achei que combinam com o filme e com a campanha do No.

 photo no_ver2_zps981951ca.jpg

 photo no_ver5_xlg_zpsf7d7b313.jpg

 photo no_ver4_zps0485730a.jpg

 photo no_ver3_zpsdc685241.jpg

Meus preferidos, sem dúvida, são os dois primeiros. Claro que ver a cara do Gael é ótimo, mas achei mais clean e mais anos 80 o primeiro cartaz e talvez eu goste mais dele no geral. Pra quem não conhece a história do Chile e não sabe do que se trata, acho que acaba sendo mais instigante também.

Por falar nisso, vale contar que o filme foi gravado com U-matic, um tipo de fita de vídeo usada naquela época, então as cores e textura da imagem são reais e parecem realmente produzido nos anos 80. Em vários momentos do filme foram inseridas imagens de arquivo da campanha e dos protestos da época, então dá pra notar como as imagens se mesclam bem.

Vou deixar o trailer aqui pra quem não conhece o filme. Acho que é um bom momento para assisti-lo. Embora – pelo menos no meu círculo de convivência – parece reinar um clima de desilusão nessas eleições, um desânimo geral, uma falta de esperança, temos alguns episódios na história que nos lembram que as coisas podem mudar e ser diferentes. Fica a recomendação!

Em cartaz #18: The Grand Budapest Hotel

Atenção, esse post vai ser comprido!

Eu finalmente consegui assistir The Grand Budapest Hotel! Sei que o lançamento já foi há um tempão e ele já estava nos cinemas em muitas cidades, mas não aqui em Juiz de Fora. Estava resistindo muito a assistir pelo computador porque no fundinho eu tinha esperanças de que ele viesse pra cá. E valeu a pena esperar, os cinemas dessa cidade não me decepcionaram dessa vez!

Pra quem ainda não conhece, o filme foi dirigido pelo Wes Anderson – por isso toda essa minha empolgação – e conta a história de Gustave H, um lendário concierge em um famoso hotel europeu no período entre guerras, e Zero Moustafa, o mensageiro – the lobby boy! -, que acaba se tornando um amigo muito fiel. O trailer vai contar melhor do que eu!

Na verdade, antes mesmo de assistir ao trailer, eu vi o cartaz. Achei maravilhoso de cara, bem Wes Anderson e me deixou super curiosa! Achei que ele valorizaram muito o hotel. Ao mesmo tempo que dá a sensação de ser uma miniatura, podemos ter um vislumbre de quão grande e majestoso era o hotel.

(Agora, depois de postar, notei que o hotel muda de tamanho dependendo do cartaz. Ele está bem maior no segundo do que nesse primeiro!)

 photo ghboficiais2_zps10816e4c.jpg
 photo ghboficiais3_zps475771b8.jpg

Apesar de estar dentro do que costumamos ver no trabalho do Wes Anderson, achei que esses abaixo foram bem ousados pra cartazes oficiais. Confesso que não gostei muito dos vermelhos, achei que foi informação demais pra um cartaz só. Já o outro mais estilizado, ficou bem interessante, apesar de que não sei se tem muito a ver com a vibe do filme. São bonitos, mas não trocaria nenhum por esses com a foto do hotel.

 photo ghboficiais4_zpsad209e65.jpg
 photo ghboficiais5_zps55134be8.jpg
 photo ghboficiais1_zpsdb10f878.jpg

Já esses aqui debaixo eu adorei. Apesar da cara deles estar com efeitos mil, o que parece meio desnecessário pra mim, eu adoraria tê-los não como cartazes, mas como cartõezinhos pequenos, sabe? Como se fossem cartas de jogo. Aloka, haha, mas sei lá, quando vi foi a primeira coisa que me veio na cabeça. Imaginem um jogo de memória com eles? Seria super legal! Wes Anderson, estou te dando uma ideia maravilhosa! Invista!

Detalhe para Tilda Swinton que ficou totalmente transformada! Como já era de se esperar, toda a caracterização dos personagens é feita com muito cuidado e detalhe – como toda a arte do filme – mas a Tilda me impressionou!

 photo gbh1_zps9152da6b.jpg

 photo gbh2_zps8f9eb1e7.jpg

 photo gbh3_zps723ff6e8.jpg

 photo gbh4_zps47eca90b.jpg

Eu disse que o post iria ser grande porque com um filme tão badalado, claro que existem muitas versões alternativas para os cartazes feitas pelos fãs e eu não queria deixá-los de fora.

O que eu acho mais legal neles é que são criados a partir de objetos meio “coadjuvantes” no filme, que não são, digamos, evidenciados, embora façam parte da história, como as caixinhas de doce Mendel´s, os uniformes, os chapéus, as chaves, as malas…

 photo ghbalt2_zps81853add.jpg Joris Laquittant

 photo ghbalt5_zps1df174a1.jpgConor Langton

 photo sl-tgbh-final_zps644e5a4f.pngRachel Sinclair

 photo ghbalt1_zpsa7f8c5ff.jpgGian Bautista

 photo grand-budapest-hotel_zps0dfe8e17.jpgThomas Walker

 photo ghbalt6_zpsa61806ce.jpgJake Rowless

 photo gbh-pecourt_zps8b41ca08.jpgMaxime Pecourt

 photo ghbalt3_zps7f2d5748.jpgMatt Needle

Eu fiquei simplesmente apaixonada por esse dos chapéus feito por Maxime Pecourt. Esse rosa chiclete tá lindo demais! Pra mim é o mais bonito de todos depois do oficial lá de cima com a foto do hotel. E nos site dele é possível comprar! Aliás, acho que quase todos esses são, é só clicar nos nomes dos artistas.

Bom, eu realmente gostei muito dos cartazes e das cores principalmente. Tinha até pensado em fazer uma paleta do filme, mas as cores são tão bonitas e inspiradoras que já fizeram várias por aí.

Mas confesso que, apesar de ter curtido bastante o filme, é bem engraçado, bem encadeado, com atores maravilhosos, figurino maravilhoso, cenários maravilhosos, ele não é o meu favorito do Wes Anderson. Eu gostei, de verdade, é um filme muito bom, mas não foi totalmente 100% pra mim e não sei explicar o porquê. Talvez porque eu esteja comparando com os outros. Rushmore e Moonrise Kingdom continuam no topo da minha lista!

De qualquer forma, fica a recomendação pra quem ainda não assistiu. Vale muito a pena! E aproveite se ainda está em cartaz na sua cidade!

Boa semana pra todo mundo!

Em cartaz #17: Os meus cartazes!

Pois é, hoje quem está em cartaz aqui são os meus próprios! <3
Sinto que nunca cheguei a comentar realmente sobre meus próprios posteres e já que é algo que gosto tanto, resolvi fazer esse tour pra mostrar pra vocês!

Não comentei um por um porque senão o vídeo ficaria gigantesco e também porque não tenho histórias espetaculares sobre eles, mas qualquer dúvida que vocês tiverem, é só perguntar. Enfim, não é nada de espetacular de forma geral. Não sou uma super decoradora e também não tenho rios de dinheiro pra gastar com isso, mas eles são especiais pra mim!

Dicas e sugestões também são super bem vindas, vocês já sabem! (: