Em cartaz #36: Czechoslovakian school of animated film

No meu vício de colecionar pôsteres legais e bonitos, acabei caindo no site Terry Posters e encontrando essas belezas.

Estes são cartazes de filmes infantis produzidos na antiga Tchecoslováquia durante um período conhecido como Czechoslovakian school of animated film (algo como Escola tcheca de filmes animados). Eu não conheço nenhum, infelizmente. Aliás, acho que tive pouco ou nenhum contato com filmes de animação de outros países, ainda mais antigos, que não sejam os que vi na TV ou no cinema quando era criança.

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Embora eu tenha gostado de todos (e mais outros mil que estão lá no Terry Posters), acho que alguns dos meus preferidos são estes abaixo, que tem traços bem simples e, eu diria, divertidos. Parecem desenhos feitos por crianças e por algum motivo isso me faz gostar mais deles.

No geral, os pôsteres me chamaram atenção porque são coloridos e alguns bem minimalistas. Eu não sei ler nada disso que está escrito neles, então não dá pra saber bem sobre o que é o filme. Mas o design, as cores e as formas como os desenhos estão distribuídos no espaço me parecem não tão convencionais. Além de pôsteres de filmes, poderiam facilmente ser quadros ou capas de livros.

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Para acessar o link direto com o nome dos filmes e dos artistas que criaram os cartazes, é só clicar em cada imagem. E pra quem se animar, lá no site alguns deles estão à venda!

Boa semana, pessoal!

Em cartaz #35: John and Mary

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John and Mary se conhecem em um bar. Os dois engatam numa conversa interessante e Mary acaba indo para a casa de John. Na manhã seguinte, Mary acorda no apartamento daquele cara que ela nem sabe o nome e começa a andar pela casa tentando descobrir um pouco da vida do sujeito. John, depois que acorda, faz o mesmo movimento. Observando Mary, seu jeito, seus pensamentos, tenta entender com quem ele está sentado tomando café.

O filme é construído basicamente, e literalmente, sobre os pensamentos de John e Mary sobre o outro. Eles pouco conversam, o que mais ouvimos são seus pensamentos. Eles presumem coisas, tentam adivinhar, constroem futuros e o destroem logo em seguida, se julgam e brigam um com o outro dentro da cabeça sem nem ao menos se conhecerem.

Julgar as pessoas pela aparência, através de nossos próprios preconceitos, é tão feio, porém tão normal de acontecer, né gente? Quando a gente menos espera, podemos estar jogando fora uma coisa legal por causa desses comportamentos. Eu gostei do filme por causa disso, é bem simples e meio que coloca uma lupa nesse problema específico da desconfiança quando não conhecemos alguém.

 

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John e Mary é uma adaptação do livro homônimo escrito por Mervyn Jones, foi dirigido por Peter Yates e lançado em 1969. Apesar de ser ter Mia Farrow e Dustin Hoffman nos papeis principais, dois atores bem queridinhos naquela época – Mia havia acabado de fazer O Bebê de Rosemary – o filme parece não ter tido muita repercussão.

Nem encontrei muitos cartazes, como vocês podem ver. Esta segunda versão foi feita pela artista Miyuki Okashi, e achei bem mais interessante do que o poster oficial. Acho que é a primeira vez que encontro um cartaz feito – ou com o efeito – de aquarela.

Bom, pessoalmente, acho um filme bem realizado e, inclusive, um prato cheio pra quem gosta da moda e design dos anos 60/70. John era um amante do design e seu apartamento parece todo modernoso pra época, o que chama a atenção de Mary também. Eu não sei nada de arquitetura, gente, mas parece super chique. E Mia Farrow, toda bonita com esse pixie cut e vestido de gola peter pan, dispensa comentários!

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No ano passado, na semana do dia dos namorados, fiz um post com uma lista de filmes anti-dia dos namorados. Pra não repetir a negatividade, resolvi trazer esse porque é, de certa forma, esperançoso e nos faz pensar na forma como agimos nesse processo de conhecer alguém novo. Acho que não deve ser um filme difícil de encontrar, mas ele está completo no youtube!

Agora, momento desabafo, quase não tenho assistido filmes, gente, socorro! O que vocês tem visto de bom? Me contem aí!

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Em cartaz #34: Hakuho Hirano

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Desde que li O Livro do Travesseiro, minha curiosidade em relação à cultura japonesa só aumentou. Sabe quando você entra numa onda de ficar pesquisando tudo sobre um assunto freneticamente? Estou nessa fase.

Num desses meus momentos de imersão, encontrei essas pinturas da artista Hakuho Hirano. Não há muitas informações sobre sua vida, mas ela nasceu em Kyoto, em 1879.

Esse tipo de pintura é conhecido como bijin-ga, que parece ser uma palavra no Japão para descrever gravuras de mulheres bonitas. Os desenhos são feitos sobre placas de madeira com uma técnica parecida com a xilogravura, conhecida como ukiyo-e, que significa “retratos do mundo flutuante”. Bonito, né? Geralmente eram retratados momentos da vida cotidiana durante o período Edo (que foi quando o ukiyo-e surgiu), envolvendo as mulheres, lutadores de sumô, artistas performáticos. Com o tempo a técnica continuou a ser usada e os temas foram mudando também.

Essas pinturas da Hakuho Hirano são da década de 1930 e ela parecia gostar de desenhar as mulheres, principalmente de costas ou com apenas uma parte do rosto a mostra. Foram exatamente as que eu mais gostei, justamente porque não vemos o rosto delas. Achei que isso cria uma aura de mistério envolta da pintura, uma situação meio de voyeur, como se as mulheres das gravuras não soubessem que estão sendo observadas.

Não existem muitos trabalhos da Hakuho Hirano divulgados, mas existem muitos outros artistas de bijin-ga e tantas outras pinturas bonitas para quem quiser ver mais. Essas aí ganharam meu coração.

Em cartaz: Meta para 2015

Eu já contei pra vocês que, assim como muitas vezes compro livro pela capa, eu também guardo pôsteres bonitos de filmes, sem saber exatamente sobre o que eles são. Ou então, alguém me indica algum filme e depois vejo que o pôster é lindo e fico animada a assistir.

Pensando nisso, resolvi estabelecer uma meta. Selecionei alguns desses pôsteres de filmes (quase) desconhecidos por mim e decidi que vou assisti-los no ano que vem. Como vocês podem notar, fiz uma meta bem possível e bem pé no chão com apenas 12 filmes, ou seja, um por mês. Não adianta querer fazer metas loucas porque sei que vai ser difícil cumprir. Sempre aparecem filmes legais no caminho e a listinha acaba ficando pra trás.

Mas dessa vez vai ser totalmente possível e me comprometo a falar sobre cada um deles aqui no blog!

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1. A Guerra dos Botões (War of the Buttons, John Roberts, 1994)

2. Upstream Color (Shane Carruth, 2013)

 

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3. O Espírito da Colmeia (El Espiritu de la Colmena, Victor Erice, 1973)

4. O Discreto Charme da Burguesia (Le Charme Discret de La Bourgeoisie, Luis Buñel, 1972)

 

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5. Homens, Mulheres e Filhos (Men, Women & Children, Jason Reitman, 2014)

6. Ida (Pawel Pawlikowski, 2013)

 

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7. Submarine (Richard Ayoade, 2010)

8. Os Pássaros (The Birds, Alfred Hitchcock, 1963)

 

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9. Amores Expressos (Chunking Express, Wong Kar-Wai, 1994)

10. E.T, O Extraterrestre (Steven Spielberg, 1982)

 

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11. Terra Estrangeira (Walter Salles, 1996)

12. Metropolis (Fritz Lang, 1927)

 *

Como contei, alguns filmes são um completo mistério pra mim, como Upstream Color, Terra Estrangeira, Ida e O Espírito da Colmeia. Esses totalmente me pegaram pelo cartaz+título. Já alguns são clássicos que eu nunca assisti, como o E.T., Metropolis e Os Pássaros. Listinhas de meta são boas exatamente pra colocar esses filmes que a gente fica enrolando pra assistir! Mas no geral, realmente não sei o que esperar dos filmes. Li a sinopse e vi o trailer de alguns, mas não li nada sobre eles, então vai ser só surpresa!

E vocês, já conhecem algum desses filmes? E fizeram alguma meta pra 2015 também?

Me contem! (:

(Obs.: Dudu, espero que fique animado com a lista também! <3)

Em cartaz #27: Haruki Murakami

Foi exatamente assim que eu conheci o Haruki Murakami: estava olhando livros na internet, me deparei com esse que tinha uma capa maravilhosa. Depois notei que tinham outros da mesma edição. As capas, os títulos, as sinopses, tudo me chamava atenção! Mas fui super controlada e não comprei.

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Três coisas aconteceram desde então. A Camila, do Não me mande flores, e a Nina, do Cronista Amadora, falaram sobre alguns dos livros do Murakami no blog delas e eu achei super coincidência porque foi na mesma semana. Elas falaram bem demais, a resenha da Nina foi maravilhosa e na hora me convenci de que seriam livros que eu gostaria de ler.

E aí, ainda na mesma semana, não sei como cheguei lá, mas encontrei esse filme chamado Como na Canção dos Beatles: Norwegian Wood e a primeira coisa escrita na sinopse era: baseado no livro de Haruki Murakami. Então ok, eu aceitei que era um sinal. Recebi o sinal e estou com ele guardado aqui.

Não, não comprei e não li nada dele ainda. Já estive com os livros nas mãos duas vezes, mas não levei por problemas de codinome ‘pouco dinheiro’. Mas estão na minha lista. Aceito de presente, inclusive, o Natal está aí hoho.

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Bom, mas o post de hoje é sobre as capas dos livros dele, que foi o que me chamou atenção lá na primeira vez que eu os vi. Sou compradora de livros pela capa, então…

Tem muitas e muitas edições lindas, tanto brasileiras quanto estrangeiras. Infelizmente não encontrei muitas imagens em boa qualidade. Mas separei algumas que eu achei bonitas e originais!

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Apesar de não ter visto fisicamente, essa última capa é a que achei mais bonita. Adorei o toque antiguinho do design e da ilustração. Por mais que eu tenha acho lindas as capas brasileiras num primeiro momento e que eu goste bastante desse minimalismo, as estrangeiras são mais charmosas.

E as edições publicadas pela editora Vintage (são aquelas várias capas uma do lado da outra ali de cima)? Elas parecem feitas de colagens, então acabam tendo um efeito surreal bem interessante. After Dark e South of the border, west of the sun são minhas preferidas!

Então, gente, agora quero saber de vocês. Também gostam das capas? Quem já leu Murakami aí? O que me indicam? Estou perdida nesse mar de possibilidades, haha!

Boa semana pra todo mundo!

Onde comprar pôsteres

Essa é uma série de 3 posts em que vou falar um pouquinho sobre pôsteres/cartazes/quadros. O primeiro é este, sobre onde comprei os meus e onde vocês podem comprar. O segundo será sobre pôsteres para download gratuito. Vou disponibilizar alguns que eu tenho também. E o terceiro será sobre o processo de impressão, formatação, resolução, tamanho, tipos de papel, etc.

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Desde quando fiz meu poster tour, a pergunta que mais recebi foi onde comprar pôsteres/cartazes/quadros. Eu decidi não falar sobre isso no vídeo porque achei que seria chato e ficaria longo. Mass, atendendo a pedidos vou contar pra vocês!

Onde comprei os meus

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Pierrot le fou: encontrei meu posterpreferidodavida na loja desse vendedor chamado Jomms no ebay. Ele tem muitos e muitos outros cartazes. São caros, viu, não vou mentir, mas são originais. Quando digo originais, quero dizer que ele não faz uma produção em série, não tem mais cartazes do Pierrot le fou pra vender. Provavelmente os cartazes dele ficavam nos cinemas mesmo ou são peças de colecionador, algo assim. O vendedor é de Nova York e o cartaz chegou super bem embalado, fiquei impressionada. Se você é apaixonado por algum cartaz e procura uma versão original, dê uma olhada no perfil dele!

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The Beatles e Easy Rider: comprei na Galeria do Rock em São Paulo numa daquelas lojas de disco. Queria ter levado outros porque tinham muitos e o preço foi ótimo, 15 reais cada. Super recomendo pra quem quer encontrar cartazes de filmes ou de bandas!

Primeiro Plano: esse é o cartaz de divulgação do Primeiro Plano, um festival de cinema que acontece aqui em Juiz de Fora todo ano. A arte da edição de 2009 foi a que mais gostei até hoje e decidi pedir um pra mim!

Casa America e Tournée du Chat Noir: comprei os dois durante meu intercâmbio na Argentina em 2010. O da Casa America encontrei naquela famosa feira de San Telmo em Buenos Aires. Lá tem muita gente vendendo posteres e ilustrações vintage. Naquela mesma região, quando estávamos indo embora, lembro que encontramos essa loja meio antiquário, meio sebo, e foi onde encontrei essa reprodução de uma das propagandas do cabaré Chat Noir, feita pelo Theóphile Steinlen. Não lembro o preço, mas foi bem baratinho.

2001, Uma Odisséia no Espaço: esse eu ganhei da loja Moloko Psicodélico, quando fiz a parceria para o sorteio de aniversário do blog.

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Agora, os quadros pequeninos.

Frida Khalo: esse quadro é do Otávio, nosso amigo que morou com meu namorado antes de mim. Os meninos deram o nome para a “república” deles de Freud&Frida por causa desse quadro e outro do Freud que temos aqui. Mas não sei onde o Otávio arrumou esse!

Moulin Rouge: quadrinho super clichê, mas como não achar bonito? Esse comprei junto com o Chat Noir em Buenos Aires.

Casal simpático: quem é esse casal? Não faço ideia, haha! O Dudu encontrou esse quadrinho por 4 reais numa barraca na feira da Praça Luis XIV no Rio de Janeiro e decidimos levar mesmo não sabendo quem são. Tinham muitas e muitas fotografias antigas todas por esse preço.

Esse tipo de feira de antiguidades é ótimo para encontrar cartazes antigos e quadros com um estilo mais vintage. Sempre que vou viajar procuro saber sobre as feiras que tem na outra cidade porque é certeza de encontrar coisas legais.

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Psicose: Esse quadro fica no banheiro, dentro do box. Foi ideia do Otávio, mas eu também já tinha o visto antes. Tenho quase certeza que vimos no mesmo site de decoração! Pegamos a imagem na internet e mandamos imprimir. Simples assim.

Caso vocês se perguntem, não, o quadro não está danificado de nenhuma maneira. Ele pega todo o vapor do banheiro, as vezes fica um pouco molhado, mas continua intacto!

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Freud: Usamos essa fotografia do Freud há muito tempo em um curta que fizemos pra faculdade. O Dudu nunca quis desfazer dela, então ficou guardada. Quando ele se mudou pra cá, resolveu trazê-lo para fazer companhia a Frida. E assim surgiu Freud&Frida. Hoje ele não fica mais na sala, está na nossa despensa/área de serviço. Acho que por isso tá tão mal-humorado assim, haha!

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Onde encontrar pôsteres na internet e os problemas disso

Vou ser bem sincera com vocês, nunca comprei pôster de nenhum site. Se você procurar na internet “onde comprar posteres”, vão aparecer mil lojas, todas com coisas lindas e, provavelmente, com um preço bom ou razoável.

Por mais que várias que pareçam legais e confiáveis, acho que não seria certo indicar sem eu ter, de fato, visto algum cartaz fisicamente. Porque não importa se a imagem é bonita e se está dizendo que o tamanho dela é, sei lá, 90x60cm. O que importa mesmo é a qualidade da impressão e isso não posso garantir pra vocês.

Seria legal se vocês procurassem a opinião de pessoas que já compraram pôsteres daquela loja X que vocês gostaram. Ou então, por exemplo, buscar o facebook ou instagram da loja porque as vezes eles postam fotos reais dos produtos, então dá pra ter uma ideia da qualidade. Isso é o que eu faria.

Mas, como comentei no início, o Ebay é um bom lugar para encontrar cartazes, principalmente alguns mais antigos. O legal é que grande parte dos vendedores postam as fotos verdadeiras dos cartazes/ilustrações, as vezes com detalhes e tudo, mostrando se tem algum pequeno defeito. Isso passa uma segurança maior na hora de comprar.

Chico Rei: os únicos posteres de loja que já vi ao vivo foram os da Chico Rei, que é aqui da minha cidade. Eu nunca comprei nenhum, mas já estive com eles nas mãos e a qualidade é muito boa. Acho o preço bem razoável (entre R$19 e R$29) e as ilustrações bem criativas, então vale a pena. (Isso é não é um publipost, viu gente? É só uma opinião sincera)

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E termina então a primeira parte dessa série de posts. Se ainda tiverem alguma pergunta, é só falar! Espero ter ajudado vocês, que as dicas tenham sido úteis!

E vamos conversar, se vocês tem sugestões ou já tiveram experiência com alguma loja online de pôsteres, me contem!

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Em cartaz #26: Criterion Collection Designs

Não tem nenhuma, mas nenhuma vez que eu tenha me deparado com alguma capa de DVD da Criterion Collection e não tenha gostado. Existem muitos cartazes de filmes bonitos, mas esses designers da Criterion fazem simplesmente um trabalho maravilhoso.

Para quem não conhece, Criterion Collection sobre eles mesmos (minha tradução):

Desde 1984, a Criterion Collection, uma série contínua de importantes filmes clássicos e contemporâneos, tem se dedicado a reunir os maiores filmes de todo o mundo e publicá-los em edições que oferecem a mais alta qualidade técnica e conteúdos complementares originais. Ao longo dos anos, à medida que se mudou de discos a laser para DVD, Blu-ray e transmissão on-line, temos visto um monte de coisas mudarem, mas uma coisa permanece: o nosso compromisso de publicar os momentos marcantes do cinema para um público cada vez mais amplo.

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Então, essas imagens que vocês estão vendo são capas de DVD/Blu-rays ou então art works, como eles chamam. Eles também fazem alguns posters, que estão a venda na loja online (infelizmente só para os EUA e Canadá).

Acho que já comentei aqui outras vezes, mas gosto muito dessa técnica de usar fotografias para fazer os posteres e eles usam bastante isso. Talvez seja o que mais me chama atenção nessas artes. Acho que pode parecer fácil usar uma foto, mas se tratando de um filme, é preciso de um pouco mais de análise e sensibilidade para criar uma capa que apresente o filme para o público.

Resolvi colocar essas do Halloween e do Exorcista pensando nisso. As capas/cartazes de filmes de terror geralmente são bem clichês e repetitivas. Eu acho maravilhosa e medonha essa capa de Halloween. Esse é um plano que dura, sei lá, dois segundos no filme, mas congelado assim fica super medonho! Totalmente me convenceria, haha. E quem já assistiu O Exorcista, sabe que essas escadas tem um pequeno papel na trama. Para mim é genial que eles tenham escolhido justamente uma foto delas. É super original e consegue condensar acontecimentos importantes do filme sem deixá-los explícitos. Jamais teria essa ideia…

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Além de todas essas artes bonitas que eles criam, o site da Criterion é maravilhoso. Se você gosta de cinema, precisa conhecê-lo. Tem críticas excelentes, entrevistas com diretores e personalidades sobre cinema, listas de filmes…

O canal deles no youtube também é muito bom. Planejo assistir tudo que tem lá, haha. Mas já indico uma série chamada Three Reasons, em que eles nos dão três razões para assistir determinados filmes. E funciona bem, minha lista de filmes aumentou por causa deles, haha!

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E para finalizar, e também para me matar do coração, eles anunciaram esse ano o livro Criterion Designs, em que vão estar nada mais nada menos do que os 30 anos de design e trabalhos artísticos feitos pela Criterion. Pra que, gente? Pra que fazer isso com meu coração e com meu bolso? Ninguém precisa passar por isso, haha!

Esse livro maravilhoso já está na pré-venda por US$99 no site da Criterion, mas encontrei na Amazon por US$65, ou seja, acho que o preço vai cair com o tempo. Espero. Eu aconselho vocês a clicarem no link aí para verem algumas fotos do conteúdo do livro. É uma preciosidade!

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Bom, gente, isso é o que temos para essa segunda! Espero que gostem e que visitem o site da Criterion porque vale a pena demais! Não é jabá, viu? Antes fosse, hahaha! É só amor mesmo!
Boa semana pra todo mundo!

Em cartaz #25: Wait Until Dark

Acho que de todos os filmes com a Audrey Hepburn que já assisti, Wait Until Dark – ou Um clarão nas trevas, em português – é o primeiro em que ela não faz o papel de uma mocinha envolvida num romance. Quer dizer, tem romance, mas ela está muito diferente de outros papeis que já fez. Ele é de 1967 e foi dirigido por Terence Young.

Eu descobri o filme nesse vídeo que comentava algumas das cenas mais terríveis/assustadoras de filmes. Quando vi que citaram uma cena de um filme com a Audrey logo me interessei.
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Certa feita, um homem acabava de descer do avião quando uma mulher estranha lhe entregou uma boneca e disse para fazer o que quisesse com ela. Boneca, esta, que estava recheada de heroína. O homem, Sam, dá a boneca para sua mulher Suzy, que havia ficado cega há pouco tempo por conta de um acidente de carro. Um dia, Suzy recebe a visita de um homem desconhecido que se passa por amigo de Sam. Ele e mais dois outros criminosos estão atrás da boneca. Os três se passam por policiais e inventam outras histórias para enganar Suzy e conseguir descobrir onde está a boneca sem que ela note nada.

O filme é bem legal e embora tenha sido citado no vídeo sobre cenas aterrorizantes, ele é de suspense. É realmente muito angustiante ver um filme em que a personagem principal é cega é enganada. Sem dúvida essa foi a coisa mais aterrorizante pra mim.

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Fiquei curiosa a respeito dos cartazes do filme e, uau, encontrei muitos! Parece que o ele rodou o mundo todo, tem muitas e muitas versões e selecionei as mais diferentes e as mais legais.

Achei bem interessante como em vários eles os olhos ganham destaque. O mais original, pra variar, é o polonês, aquele ali de cima só com os olhos. Nem precisava dizer qual é, acho que vocês identificariam facilmente.

Outro elemento que aparece bastante é o fósforo e o fogo. Suzy fica cega, na verdade, por causa da fumaça que havia no momento do acidente de carro, então ela tem uma relação com o fogo que aparece em várias cenas do filme, inclusive em uma cena crucial que está retratada em alguns cartazes.

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O último cartaz – que parece estar cortado, uma pena – é o melhor de todos. A mensagem que está escrita nele é mais ou menos essa: “Durante os últimos oito minutos desse filme, o teatro escurecerá até o limite legal para aumentar o terror do clímax, que acontece em quase total escuridão da tela. Nos setores em que fumar é permitido, será pedido respeitosamente para que os clientes não atrapalhem o efeito acendendo um cigarro. E claro, ninguém estará sentado nesse momento”.

Simplesmente uma jogada de marketing genial! Quem não quer ver um filme com esse aviso?

Então é isso, esses são os cartazes dessa semana. Me contem se vocês já assistiram o filme! E se não assistiram, acrescenta aí na listinha. Principalmente se você gosta da Audrey! É a chance de vê-la em um papel bem diferente!

Boa semana, pessoal!

E um super obrigada a todos os comentários que tenho recebido recentemente. Fico feliz que vocês se identifiquem com o blog! <3

* Os cartazes são dos sites MoviePosterDB e IMP Awards.

Em cartaz #24: Dolls

Estou pra dizer que este foi um dos filmes mais bonitos que vi nesse ano. Bonito aqui em todos os sentidos, tanto por causa das imagens quanto das histórias que conta. Procurei bastante, mas parece que ele só tem esse cartaz, o que, na verdade, não é problema nenhum porque acho que ele representa o filme muito bem.

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Dolls é de 2002 e foi dirigido pelo japonês Takeshi Kitano. Eu diria que o filme conta três histórias de amor e explora as possibilidades e os limites das pessoas para estar perto, para ajudar e para encontrar aqueles que elas amam. As histórias não tem exatamente uma ligação entre si e o filme também não é episódico, ou seja, elas não são contadas uma após a outra, mas são entrecortadas.

O filme é lento, não lento chato, mas é lento porque as coisas acontecem devagar e vamos descobrindo e observando pouco a pouco quem são aquelas pessoas e como elas chegaram ao ponto que chegaram.

Não sou conhecedora da cultura japonesa, mas consegui perceber alguns elementos que aparecem nas relações entre os personagens em outros filmes, como a força da lealdade, o peso do destino, do fardo e da dívida que cada um carrega, o que acaba distanciando o filme de ser um happy ending do amor. O filme também começa com um teatro de bonecos, que acabei de descobrir que se chama Bunkaru, que é algo que existe há muito tempo no Japão e tem como objetivo contar as histórias antigas do país. Não consigo fazer uma análise profunda, mas sinto que todos esses elementos e simbolismos tem um papel forte no filme e tenho a impressão de que essas histórias não poderiam ter sido contadas da forma que foram se o filme fosse de outro país. Isso pode parecer óbvio, mas não sei, para mim, essas não são histórias de amor universais.

E para terminar, não podia deixar de comentar o quão maravilhosas são as imagens do filme. O cartaz já dá uma amostra boa do que vocês verão. As cores são vibrantes, as paisagens são de tirar o fôlego, tudo salta aos olhos. Infelizmente não encontrei nenhuma imagem ou vídeo com a resolução boa o suficiente pra vocês terem ideia do que eu estou falando, mas olha, é uma coisa maravilhosa de se ver. Eu não consigo descrever, só vendo mesmo…

Deixo vocês com esse trailer, que não está numa qualidade muito boa, mas acho que vale a pena! Se não sabe o que assistir nos próximos dias, já deixo minha dica!

Boa semana pra todo mundo!

Em cartaz #23: O Exorcista

Quando eu era mais nova, ou quando eu comecei a ir nas locadoras sozinha, eu basicamente assistia três tipos de filmes: desenhos animados, comédias românticas e terror/suspense. Eu me lembro que meu pai não gostava muito que alugasse os de terror e ficava selecionando qual eu poderia ver ou não, com toda razão, né?

Mas tem certos filmes que são muito bambambans, a gente acaba ouvindo falar deles e querendo assistir. Foi assim com O Exorcista. Eu sempre ouvia falar dele como o melhor filme de terror, horrível, muito assustador, nojento, etc… e claro, eu no auge da adolescência, queria assistir. E óbvio, morri de medo, fiquei super assustada, mas, por causa do auge da adolescência, super me fazia de durona, ria do filme, ficava rindo do vômito verde, etc, hahaha, só que por dentro…

E, só pra completar, eu descobri na biblioteca da escola o livro homônimo que inspirou o filme escrito por William Peter Blatty. Eu era ratinha da biblioteca e fuçava em todas as prateleiras. Me lembro que ele estava num cantinho bem escondido e quando levei pra bibliotecária – tia Maria Inês, saudades! – ela não queria deixar eu levar de jeito nenhum, haha! Brigou comigo e tudo, mas no final acabei levando.

Depois, acabei encontrando o  livro num sebo. Também estava jogado num cantinho, todo amassado. Acho que as pessoas não tem muita simpatia pela história, né? Não estava em boas condições, como vocês podem ver. Mas o ex-dono deixou uma assinatura na contracapa e o livro é de 74, apenas um ano depois do lançamento do filme e já era a sexta edição. Sucesso total.

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Bom, lembrei dessa parte da história da minha vida com o cinema e resolvi trazer os cartazes do filme aqui para o blog.

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Se você nunca assistiu e não conhece a história, O Exorcista é um filme de 1973, com o roteiro escrito pelo próprio William Peter Blatty e dirigido por William Friedkin.

Tudo se passa em Georgetown. Chris McNeil é uma atriz e está participando de uma filmagem na cidade. Ela tem uma filha de 12 anos, Regan. Depois de brincarem com uma mesa Ouija, coisas estranhas começam a acontecer com a menina. Ela tem convulsões, fica violenta, diz coisas sentido e reclama que sua cama se movimenta sozinha. Percebendo que a coisa parece séria, Chris a leva no médico, mas ninguém consegue descobrir o que Regan tem. A situação piora quando a menina começa a demonstrar poderes sobrenaturais, troca de voz, adquire muita força e faz movimentos absurdos com o corpo. Chris percebe que aquela não é sua filha e, notando que o buraco é mais embaixo e que os médicos não podiam fazer mais nada, ela vai até a igreja procurar ajuda com o padre Karras, que é também psiquiatra. Decidindo por fazer um exorcismo, ele chama às pressas o padre Merrin, um exorcista experiente para ajudar.

A cena que está nesses primeiros cartazes é a chegada no padre Merrin na casa de Chris. É interessante notar que, apesar da história ter como foco Regan e sua transformação, o livro e o filme se chamam O Exorcista, então, para mim, esses cartazes fazem todo o sentido. O primeiro é meu preferido.

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Nessa minha pesquisa de cartazes – já estou no 23º post! – tenho notado que quanto mais antigo o filme, mas opções de cartazes existiam. Artistas do próprio país os desenhavam e isso é muito interessante porque eles ficam, digamos, personalizados culturalmente. Hoje em dia tudo parece meio padronizado, né? Mudam só o título para a língua do país em que vai ser exibido, as vezes mudam alguma cor, a posição dos elementos, mas no fundo são todos muito parecidos.

Sempre comento como os da Polônia são totalmente diferentes dos outros e, de fato, são. O polonês da vez é esse vermelho aqui embaixo. É bem louco, não consigo imaginar o porquê da referência da cobra ali. Talvez esteja esquecendo de algum detalhe da história, mas, sem dúvidas, destoa dos outros. Ali em cima eles são, na ordem, do Japão, Suécia, Turquia e Austrália. Gostei muito do japonês. A referência à janela foi uma excelente ideia. Não vou contar o que acontece nela, mas enfim, ficou ótimo, bem instigante.

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Eu sei que não é um filme muito agradável e confesso que não faz muito mais meu estilo hoje em dia. Gosto de assistir terror/suspense mais pra me divertir com os amigos ou com minha mãe e irmã, haha. Mas se eu estou em casa sem ideias do que assistir, filmes de terror não são mais minha primeira escolha.

De qualquer forma, O Exorcista me marcou bastante e, com certeza, a vida de muita gente. Ele foi um fenômeno na época do lançamento. Assisti um documentário sobre isso e vou colocar em breve nos ‘Filmes da Semana’. Pra década de 70, fico bem impressionada com os efeitos especiais do filme também. E, claro, são espetaculares a atuação e caracterização de Linda Blair, que era realmente uma criança naquela época. É impressionante a maneira como ela incorpora o personagem. Como transformar uma criança fofinha em um demônio? Não deve ter sido nada fácil. Tem muitos vídeos de making of no youtube. Se vocês gostam, vale a pena procurar!

Então, me contem, vocês já assistiram O Exorcista? Como é a relação de vocês com filmes de terror? A maioria das pessoas que eu conheço não gosta!

Beijinhos e boa semana, gente!

* Os cartazes são dos sites MoviePosterDB e IMP Awards.